Sob protestos, é adiada pela 5ª vez votação de parecer sobre cassação de Cunha

Publicado em 08/12/2015, às 17h50
Imagem Sob protestos, é adiada pela 5ª vez votação de parecer sobre cassação de Cunha

Por Redação

Sob protestos, é adiada pela 5ª vez votação de parecer sobre cassação de Cunha (Crédito: R7)

Sob protestos, é adiada pela 5ª vez votação de parecer sobre cassação de Cunha (Crédito: R7)

Sob gritos e vaias contrários ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados adiou pela quinta vez, nesta terça-feira (8), a votação do parecer do deputado Fausto Pinato (PRB-SP), que sugere o prosseguimento do processo de cassação do mandato do peemedebista por suposta quebra de decoro parlamentar.

Uma nova sessão foi convocada para esta quarta-feira (9), às 13h30, quando já será aberta a votação do processo.

O presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), justificou o encerramento da sessão de hoje dizendo que não "atropelaria o Regimento".

— Eu não vou atropelar o Regimento. Eu não quero amanhã ser taxado de ditador. Eu não vou deliberar nada nesse instante.

A sessão desta terça-feira (8) deu continuidade aos debates entre parlamentares favoráveis e contrários ao pedido de cassação apresentado pelo PSOL e Rede Sustentabilidade no dia 13 de outubro pedindo o afastamento de Cunha. Araújo deu prosseguimento à lista de parlamentares da última sessão inscritos para falarem.


Manifestantes ligados ao PT, PDT e PCdoB levaram cartazes para o plenário pedindo a saída de Cunha. Araújo pediu para que os manifestantes baixassem os cartazes e a segurança foi reforçada. 

— O Conselho não deve permitir esse tipo de coisa. Por favor, abaixem os cartazes ou eu vou ter que pedir para os seguranças retirarem vocês.

O pedido de cassação argumenta que o presidente da Câmara mentiu durante depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras ao afirmar que não mantinha contas bancárias no exterior.

No entanto, a PGR confirmou a existência de ativos na Suíça em nome do deputado e de familiares dele. O valor total seria perto de US$ 5 milhões (pouco mais de R$ 20 milhões segundo a cotação atual do dólar).

Na primeira sessão que analisaria o relatório da representação, uma manobra de Cunha no Plenário suspendeu a reunião do conselho. Uma semana depois, o deputado Sérgio Brito (PSD-BA) e outros aliados de Cunha pediram vista do processo.

Na segunda-feira (7) Cunha decidiu remarcar para hoje a sessão que elegeria os membros da comissão especial que analisará o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB) acusou Cunha de fazer uma manobra para prorrogar mais uma vez a votação do parecer de Pinato.




Fonte: Agência Câmara


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