Após um desempenho bastante elogiado como deputado estadual, Rodrigo Cunha teve sua atuação na Assembleia Legislativa consagrada como o senador mais votado de Alagoas, em 2018, deixando a segunda vaga para Renan Calheiros, reeleito para o seu quarto mandato consecutivo.
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Em 2018, Rodrigo não manifestou apoio a nenhum dos candidatos a presidente da República no primeiro turno, embora tenha alcançado o excelente desempenho com apoio maciço dos partidários de Jair Bolsonaro.
Manteve a mesma postura no segundo turno, entre Bolsonaro e Hadadd, o que revoltou os bolsonaristas que haviam votado nele e passaram a acusá-lo de covardia e ingratidão, sob alegação de que o então senador eleito teria sido beneficiado indiretamente ao participar da última caminhada por Bolsonaro em Maceió – o que não é verdade.
Em 2022, na metade do mandato no Senado, foi candidato a governador e não manifestou apoio a Jair Bolsonaro (PL) nem a Lula (PT), que disputaram os dois turnos da eleição presidencial – vencida pelo petista.
Os bolsonaristas novamente vez externaram sua indignação pelas redes sociais, contrariados com a omissão do senador na campanha de presidente da República.
Com a posse de Lula, em janeiro deste ano, Rodrigo Cunha aparecia como independente no Senado em relação ao governo federal, até que, no final de semana, o blog “ÉAssim”, do jornalista Marcelo Firmino, revelou que, por indicação do senador alagoano, o advogado Leandro Almeida assumiria um órgão federal em Alagoas – o GEAP – Grupo Executivo de Assistência Patronal, por nomeação do presidente Lula.
A notícia ganhou as redes sociais, reacendendo as críticas a Rodrigo Cunha, agora pela adesão ao governo do PT.
Um complicador a mais para o futuro político do senador arapiraquense, que apesar de um intensivo trabalho legislativo é visto por boa parte do eleitorado alagoano como “um político que não faz nada”.
Se por conta dessa imagem negativa já não eram boas as perspectivas de Rodrigo Cunha para a reeleição, em 2026, a situação piorou com a adesão ao governo Lula – já tinha a antipatia dos bolsonaristas e nunca teve afinidade com o grupo político que está no poder no Brasil.
Resta ao senador do União Brasil somente uma alternativa eleitoral viável: ser vice-prefeito de Maceió em 2024 na chapa de JHC (PL), favorito à reeleição na disputa do próximo ano, se é que o prefeito pretende mesmo fazer da sua mãe, Eudócia Caldas, senadora por dois anos – ela é a primeira suplente de Rodrigo no Senado.
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