O Sindicato dosTrabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Alagoas (Sinttro-AL) vai propor que as empresas que compõem o sistema de ônibus urbanos de Maceió absorvam a mão de obra dos cerca de 450 trabalhadores da empresa Veleiro, que desde a manhã desta quinta-feira, 16, decidiram suspender as atividades. Eles reclamam de atraso de pagamentos, além de outros problemas.
LEIA TAMBÉM
"A empresa não pagou o mês de dezembro e não recolhe o FGTS dos funcionários há cinco anos, além de uma série de descasos contra os trabalhadores. Existe o risco de a empresa fechar as portas e a nossa preocupação é garantir o emprego desses trabalhadores", disse o presidente do Sinttro, Sandro Regis.
Segundo ele, a reivindicação para que o sistema absorva a mão de obra da Veleiro será colocada à mesa duante reunião marcada para esta sexta-feira, na sede da Superintendência Munciipal de Transporte e Trânsito (SMTT), com presença também de representantes do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Municipio de Maceio (Sinturb-Mac).
Pela manhã, a SMTT determinou que as demais empresas de ônibus reforçassem as linhas para suprir a demanda das regiões atendidas pela Veleiro.
O crise na empresa Veleiro se intensificou nesta semana, após o assento de um ônibus da empresa se desprender e derrubar um idosa, expondo o sucateamento não apenas do veículo, mas da frota da empresa.
No final da tarde desta quinta-feira, por meio de um áudio de Whatsapp, surgiu a informação de que a Justiça teria suspendido as atividades da Veleiro, mas a informação foi desmentida por meio de uma nota divulgada pela SMTT. Leia na íntegra:
A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) informa que segue trabalhando para garantir o direito de ir e vir dos usuários do Sistema Integrado de Mobilidade de Maceió (SIMM) e fazer com que nenhum passageiro do transporte público da capital fique desassistido durante a paralisação dos funcionários da empresa Veleiro.
O órgão reforça ainda que, nesta quinta-feira (16), encaminhou um ofício aos representantes do Sinturb e do Sinttro determinando que as outras três empresas que compõem o SIMM atendam aos bairros que deveriam ser atendidas pela Veleiro.
Sobre a informação de que a concessionária Veleiro teria sido desligada do SIMM, a SMTT esclarece que esta informação não procede. No entanto, a Superintendência ressalta que todas as medidas cabíveis já estão sendo adotadas para coibir qualquer tipo de irregularidade que venha colocar em risco a integridade física dos passageiros e prejudicar a oferta do transporte público da capital.