excesso de relações sexuais pode ser prejudicial para as pessoas caso a prática não seja feita dentro de um contexto adequado. No entanto, especialistas ouvidos pelo g1 afirmam que não há um “número limite” de relações que pode ser considerado bom ou ruim.
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A “frequência sexual” ganhou repercussão depois que o cantor Naldo Benny afirmou em um podcast na terça-feira (28) que já transou 37 vezes em uma semana com a sua esposa Ellen Cardoso, a Moranguinho.
A ginecologista e sexóloga Carolina Ambrogini, de 46 anos, afirmou que o excesso de sexo pode ser prejudicial uma vez que facilita a ocorrência de microfissuras nos órgãos genitais. Consequentemente, com essas lesões, há uma maior exposição às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
O ginecologista e sexólogo do Hospital das Clínicas de São Paulo Theo Lerner fez o alerta de que é necessário que tenha lubrificação para evitar atrito e, consequentemente, lesões. A lacerações podem acontecer em apenas uma relação sexual e não, necessariamente, em contato repetidas vezes.
Veja a seguir questões sobre excesso de relações sexuais:
Sexo em excesso pode ser prejudicial? - “O excesso de sexo pode causar microfissuras nos órgãos genitais, que aumenta o número de exposição à ISTs [Infecção Sexualmente Transmissíveis]. As microfissuras são uma porta de entrada para vírus e bactérias. Elas dão uma sensação de estar ardendo, assado no local. A pele acaba não aguentando o contato excessivo, a tensão. Essa é a principal resposta que o corpo não está aguentando o número de relações sexuais”, afirmou Carolina Ambrogini.
Existe um limite de relações sexuais consideradas saudáveis? - "Não se tem um padrão normatizado de mínimo ou máximo de relações sexuais que podem existir. Tudo vai depender do contexto de cada indivíduo. A palavra-chave é ‘contexto’. Uma moça que transa 20 vezes em um dia, provavelmente ela não transa 20 vezes todos os dias", disse Theo Lerner.
“A falta de lubrificação é um contexto que pode facilitar o surgimento das lesões como lacerações e lesões de tecidos. A lubrificação, ela serve para diminuir o atrito. O uso de lubrificante, quando não tem lubrificação natural, é recomendado. Sem lubrificação, em apenas uma relação sexual você pode se machucar. Muitas vezes não é a quantidade, mas a qualidade do sexo”, completou o ginecologista Lerner.
Sexo em excesso pode se tornar uma compulsão? - “A compulsão é quando você não tem controle sobre uma determinada atividade e essa atividade acaba atrapalhando sua vida. A pessoa gasta muito tempo planejando sexo e acaba prejudicando suas relações sociais, de trabalho e em outros aspectos da sua vida. O sexo não faz mal, o que faz mal é você só pensar em sexo e mais nada”, afirmou Theo Lerner.
Compulsão tem tratamento? - “A compulsão tem tratamento, tanto medicamentoso, com algumas medicações, como antidepressivos, quanto o tratamento de terapia para tentar entender como a pessoa chegou à compulsão. É necessário que ela desenvolva mecanismos internos para entender o porquê ela está caindo nessa compulsão. É como tratar qualquer outro vício como álcool, comida, drogas etc. Ela está tratando uma coisa que dá prazer e ela quer sempre mais. Ela precisa desenvolver um mecanismo para se controlar", disse Carolina Ambrogini.
Há indícios de que o sexo está sendo prejudicial?
“O corpo pode apresentar sinais após a relação sexual. Existem as lesões físicas, essa é uma lesão mecânica, que acontece pela própria dinâmica do sexo. Essas lesões podem ser facilitadas com muito sexo. A pessoa pode ainda ter dor, ter sangramentos. Sempre que tiver algum desses sinais, é importante procurar ajuda profissional independentemente do número de relações”, Theo Lerner.
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