Oito servidores do Estado de Alagoas, que não tiveram os nomes revelados pela Polícia Federal, podem ter entrado no Mestrado Profissional em Administração Pública (Profiap) da Ufal, sem precisar realizar o teste da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (Anpad), que é um dos requisitos para o ingresso no curso.
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Eles seriam servidores de quatro instituições do Estado de Alagoas: Secretaria de Estado da Saúde, Instituto de Tecnologia em Informática e Informação (Itec), Agência de Modernização da Gestão de Processos (Amgesp) e Agência Reguladora de Serviços Públicos (Arsal).
De acordo com a Polícia Federal, sete professores facilitavam o acesso ao curso de mestrado da Ufal. Em troca, eles recebiam valores através de contratos fictícios e fraudulentos, que totalizaram R$ 108 mil de recursos públicos e que constam no Portal da Transparência do Governo de Alagoas. Os familiares dos docentes também seriam beneficiados com propina e já foram notificados para depor.
A Polícia Federal começou a investigação há cerca de dois meses, mas o esquema fraudulento funcionava desde o ano passado.
Os crimes se enquadram especialmente contra a administração pública e estão relacionados a peculato, corrupção passiva, inserção de dados falsos em sistemas de informática e associação criminosa.
"As investigações ainda permanecem apurando quais são os cargos públicos desses servidores que facilitavam os pagamentos", disse o delegado Antônio Carvalho, responsável pelo inquérito.
Todos os suspeitos foram intimados a comparecer na sede Polícia Federal para os interrogatórios.
A Ufal e o Governo de Alagoas já se pronunciaram sobre a operação e ambas instituições disseram que vão contribuir com as investigações.
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