Maceió

Servidores da Sefaz fazem ato em homenagem a João de Assis: "Reputação ilibada"

TNH1, com TV Pajuçara | 01/09/22 - 14h02
Reprodução / TV Pajuçara

Servidores da Secretaria da Fazenda do Estado de Alagoas (Sefaz-AL) realizaram na manhã desta quinta-feira, 1º, um ato em homenagem ao auditor fiscal João de Assis, encontrado morto no último dia 26, após flagrar irregularidades em um estabelecimento comercial, localizado no Tabuleiro do Martins.

Vestidos de preto, os colegas de trabalho de João também repudiaram a versão dada por um dos criminosos ao advogado de que o auditor fiscal teria cobrado propina aos comerciantes.

"O exemplo do João, a referência que o João de Assis tem aqui para os auditores da Sefaz será um eterno legado. Estaremos sempre levando a imagem dele, levando a forma de trabalho dele, como ele trabalhava, como referencial para todas as futuras gerações de auditores da Sefaz. E lembrar que não bastou o ato cruel, o assassinato horrível como tudo aconteceu. Agora, por uma manobra, uma série de chicanas, estão querendo enlamear ainda mais o nome do João. O João de Assis será eternamente lembrado como referencial de servidor", disse o superintendente da Receita Estadual, Francisco Suruagy.

A versão sobre a suposta propina motivou, inclusive, uma nota de repúdio das entidades do Fisco de Alagoas. (leia aqui).

"Esse ato de homenagem ao nosso nobre colega João de Assis de Pinto Neto foi exatamente, além de homenageá-lo pela grande pessoa que foi, também como uma nota de repúdio às recentes veiculações que têm tido na imprensa de que o João teria cometido uma extorsão. Eu mesmo trabalhei com o João de Assis por mais de cinco anos, nós éramos uma dupla, por isso me tornei muito amigo da família. Conhecia ele desde 2002, minha esposa é amiga da família dele. A gente sabe que o João de Assis era uma pessoa de reputação ilibada, temente a Deus, uma pessoa reta, justa, se desviava do mal. Esse era o João de Assis. Agora, infelizmente, a gente vê que está tendo essa versão combinada da família (presa) para tentar se passar por bonzinhos, dizendo que houve uma extorsão, isso é um absurdo, nós não aceitamos isso", desabafou Carlos Alberto, auditor fiscal.

Desavença e morte - A Polícia Civil informou que a morte do auditor fiscal, cujo corpo foi encontrado carbonizado na noite do último dia 26, foi decorrente de uma desavença com dois comerciantes, após ele flagrar irregularidades em um estabelecimento comercial, localizado no Tabuleiro do Martins.

De acordo com a polícia, foi por meio do celular da vítima, abandonado pelos suspeitos em um terreno baldio, em Rio Largo, que a polícia conseguiu chegar aos suspeitos. De posse do aparelho, e com acesso concedido por familiares, foi possível constatar que João Assis usava seu aparelho para fotografar as suas fiscalizações e apreensões de produtos irregulares durante o seu trabalho.