Os videogames já foram vistos apenas como artigos voltados a diversão e entretenimento, mas hoje viraram até mesmo profissão e parâmetro para a criação e apresentação de sistemas, a gamificação. Porém, sempre há os que ainda são saudosos do tempo em que eles eram apenas brinquedos, como é o caso de um funcionário do Instituto de Tecnologia em Informática e Informação (Itec) que resolveu se dedicar a colecionar jogos eletrônicos, fitas e computadores antigos.
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Fernando Milito, servidor da central de Serviços do Itec, fez de um dos cômodos do seu apartamento um pequeno museu dedicado ao mundo geek/nerd, do qual fazem parte consoles, cartuchos e outras peças que remetem principalmente aos tempos iniciais dos videogames.
“Minha paixão por videogames começou no final dos anos 1970 e começo da década de 1980 com um Telejogo que meu primo trazia de férias aqui para Maceió. O meu primeiro foi um Atari em 1982 e acho que os videogames causam nas pessoas o que eu posso chamar de encanto audiovisual, o impacto visual e de áudio.Hoje em dia, com a modernidade, os jogos estão cada vez mais incríveis. Acredito que parte dessa fascinação se deve ao fato de nos ser permitido controlar alguma coisa na tela de uma TV e issopara uma criança ou adolescente encantava e ainda encanta mesmo” disse o colecionador.
Ao todo, a coleção de Fernando conta com marcas de peso no universo dos games, como Super Nintendo, Mega Drive, Dreamcast, Sega Saturn, os quatro modelos de Playstation lançados até hoje, Xbox 360, mais de 250 jogos em cartuchos, CDs, DVDs, e mais de 250 jogos em Playstation 3 e 4. Em computadores, a marca principal é a americana Commodore, com o Amiga 600, de 16/32 bits e Commodore 64.
“Eu lembro que nos anos 1980 havia muitos estabelecimentos com jogos. Na Pajuçara existia um fliperama, no Centro, na rua próxima ao Livramento também havia um. Nós comprávamos as fichas e ficávamos jogando, todos frequentavam, tanto quem já tinha videogame em casa como quem ainda não tinha. Eram tempos muito bons” lembra Milito.
Enquanto o Centro Universitário Senac de São Paulo criou em 2018 o primeiro bacharelado em jogos digitais do país, que contém disciplinas como matemática, programação, roteiro e design,a Organização Mundial da Saúde (OMS), confirmou em junho deste ano o ingresso do vício em jogos eletrônicos na lista de transtornos mentais a partir de 2022. Fernando Milito não se enquadra em nenhuma das duas categorias, sendo apenas um admirador e colecionador dos consoles.
“Não sou jogador hardcore, de jogar todos os dias passando seis, oito horas direto, é muito raro isso acontecer. Sou mais colecionador mesmo, me encanto pelo produto, pela matéria do cartucho em si ou seja lá qual for a mídia, a minha paixão é essa” explica o servidor estadual.
“Eu sinto muita falta aqui em Maceió de pessoas para interagir nessa área, deveria haver um Clube para que ao menos uma vez por mês houvesse um encontro, como existe nos outros estados do Nordeste, tipo Ceará, Pernambuco e Bahia, mas infelizmente até hoje ainda não aconteceu. Espero que um dia isso aconteça, que é para que os amantes de videogame possa se unir e interagir, pois esse tipo de entretenimento já chegou a ultrapassar até mesmo o cinema” finaliza Fernando Milito.
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