Publicado em 10/04/2025, às 13h28
Albino Santos de Lima, o serial killer de Maceió, vai a júri popular nesta sexta-feira (11), a partir das 8h, no Fórum do Barro Duro, em Maceió. Conduzido pelo juiz José Eduardo Nobre Carlos, o julgamento é referente às acusações de homicídio, contra Emerson Wagner da Silva, e de tentativa de assassinato, contra R.V.S., ocorrido no dia 21 de junho de 2024.
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O réu está preso desde setembro do ano passado e, ao todo, foi acusado de 18 assassinatos e duas tentativas de assassinato, entre os anos de 2019 e 2024. Até o momento, Albino responde a 10 processos na Justiça. Pelo menos cinco testemunhas devem ser ouvidas amanhã.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o assassino em série teria tentado invadir a casa da namorada de Emerson. Mas quando ele deixou o local, começou a ser seguido por Emerson, que chamou o amigo para acompanhá-lo.
Quando o assassino em série percebeu que estava sendo seguido, sacou uma arma e efetuou disparos em direção à dupla. Emerson foi atingido, não resistiu e morreu. Já o amigo conseguiu fugir.
O réu foi pronunciado e será julgado por homicídio duplamente qualificado e por tentativa de homicídio. A defesa de Albino Santos apresentou alegações reservando-se o direito de se manifestar no plenário do Tribunal do Júri.
“Possuído pelo Arcanjo Miguel”
Durante as audiências relacionadas aos homicídios qualificados de Louise Gybson e Tâmara Vanessa, ocorridas no dia 21 de março, Albino foi ouvido através de videoconferência e utilizou o momento para falar que não se lembra dos crimes, além de atribuir a culpa a uma suposta possessão. “Fui possuído pelo fogo do Arcanjo Miguel”.
Ele contou, ainda, que ouve supostas vozes e que é orientado pela entidade a ir aos cemitérios para registrar as lápides das vítimas.
Assassino em série
Ex-prestador de serviço da Polícia Penal de Alagoas, como agente penitenciário, Albino dos Santos se tornou um dos cinco maiores serial killers do Brasil. Agindo em Maceió, entre 2019 e 2024, ele seria responsável por 18 homicídios, dos quais confessou apenas 16. No entanto, para os outros dois a Polícia Civil afirma ter provas suficientes contra o acusado.
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