Uma medicação administrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Arapiraca, no Agreste do estado, mudou por completo a rotina de uma família na cidade. No dia 11 de novembro, Gileno e Edvania levaram a filha Elisa, de apenas um ano e 11 meses, para receber atendimento na unidade de saúde.
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A menina estava com febre e também apresentava quadro de vômitos, quando lhe foi receitada uma injeção. Administrada a medicação, Elisa teve alta, mas no retorno, os pais perceberam que a menina não estava mais mexendo a perna esquerda. "Levei minha filha pra UPA com febre e vomitando. Chegando lá, passaram um remédio, que foi essa injeção e dessa injeção minha filha ficou sem andar", conta Gileno dos Santos, pai da menina.
Desde então, a situação da família tem se agravado, sobretudo, financeiramente. Ao tempo que os cuidados com Eliza precisaram ser redobrados, o pai da menina está desempregado e a mãe, Edvania Maria, tem deixado de fazer faxinas para dar assistência à menina.
"Meu marido está desempregado, quando trabalha é fazendo alguma diária, mas agora está complicado. Já eu, nem as faxinas consigo mais fazer. Antes, ela ficava com a vó, mas agora dobrou o cuidado, temos que ficar com ela", disse Ednavia, acrescentando que vive de aluguel e que a única renda fixa da familia é o Bolsa Família.
Os pais apelam por ajuda para custear o tratamento médico e cuidados diários com a criança. "Quem puder nos ajudar, pode ser com fralda, leite, cesta básica", disse Gileno, que ganha o reforço da esposa falando que "qualquer ajuda é bem-vinda".
Quem puder ajudar a família com o tratamento da pequena Eliza, a chave PIX é o número 11551730405 - Edvania Maria dos Santos - que é a mãe da menina.
Alegria da casa
Um vídeo enviado pela família à produção da TV Pajuçara, gravado dias antes do atendimento na UPA, mostra a menina alegre e correndo pela casa. "Agora ela chora direto, vive deitadinha", lamenta a mãe da Elisa. Assista:
Injeção atingiu nervo ciático - A injeção, segundo o que foi atestado por um médico neurologista do Hospital Geral do Estado (HGE), atingiu o nervo ciático da menina em três milímetros e meio, o que a fez perder o movimento da perna. Ainda não se sabe, no entanto, se a paralisia é ou não reversível.
O que diz a UPA de Arapiraca - A Direção da Unidade de Pronto Atendimento de Arapiraca informou que vai abrir um processo administrativo de sindicância para apurar as circunstâncias do atendimento prestado à paciente.
Veja abaixo a nota enviada pela Secretaria de Estado da Saúde, que é responsável pela administração da unidade.
"A Direção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Arapiraca esclarece que irá abrir um processo administrativo de sindicância para apurar as circunstâncias do atendimento prestado à paciente. A comissão formada para investigar o caso irá ouvir a equipe que prestou assistência à criança, garantindo o direito à ampla defesa e o contraditório das partes envolvidas. Salienta que, após o resultado final, caso fique comprovado que houve negligência ou erro na conduta adotada durante o atendimento, será aberto um processo disciplinar".
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