Polícia

Sem laudo, investigação sobre suposto envenenamento de jovem emperra

Eberth Lins | 07/12/18 - 10h13
Rafael Calheiros | Arquivo Pessoal

O Instituto de Criminalística de Alagoas ainda não tem previsão para a conclusão do laudo da morte de Rafael José Calheiros dos Santos, de 21 anos, morto supostamente por envenenamento.

De acordo com a assessoria de comunicação do IC, para a confecção do laudo é necessário um exame toxilogico, no entanto, não existe previsão para a realização, visto que a análises deste tipo não ocorrem em Alagoas. “Estamos entrando em contato com Institutos de Criminalística de todo o Brasil para saber quem tem disponibilidade de realizar o exame toxilogico”, informou ainda o IC, por meio da assessoria.

O problema, segundo a polícia, é que o laudo é parte fundamental para elucidação do caso. De acordo com o delegado responsável pela investigação, Ronilson Medeiros, todas as averiguações que independem do resultado dos exames já foram feitas. “Hoje não temos nada que comprove que ele foi realmente envenenado. Sem o laudo não temos como prosseguir com as investigações, isto é, fazer indiciamento e pedir prisão de possíveis culpados”, explicou.

 “Até uma possível confissão de envenenamento precisa ser comprovada pelo laudo. É diferente de um assassinato onde uma arma de fogo é usada, por exemplo, que tem fotos e perícia para somar às investigações”, detalhou ainda o delegado, acrescentando que já colheu depoimentos de familiares e possíveis autores.

O caso

Rafael Calheiros morreu no último dia 24 no Hospital Geral do Estado (HGE) após nove dias de internação. Quando chegou ao HGE, na madrugada do dia 16 de novembro, Rafael tinha sido transferido da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Benedito Bentes, onde buscou o primeiro atendimento médico. Ele já chegou ao HGE com um quadro de intoxicação e estado de saúde considerado gravíssimo.

A família acredita que o jovem foi envenenado com “chumbinho”, um veneno popular conhecido para matar ratos. A principal suspeita é a namorada.