O WhatsApp é o aplicativo com maior número de downloads no país. A plataforma para celulares Android e iPhone (iOS) está entre as preferidas dos brasileiros para receber e enviar mensagens, mas é preciso tomar cuidado na hora de usar o app para não violar os termos de uso e terminar banido para sempre da plataforma. Mandar fake news, golpes ou dados pessoais no WhatsApp pode pôr em risco a segurança e privacidade dos próprios usuários, além de desrespeitar diretamente as diretrizes do aplicativo. Confira a seguir seis tipos de mensagens que não devem ser enviadas nem compartilhadas no WhatsApp.
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1. Fake news
O WhatsApp tem sido um dos principais aplicativos utilizados para compartilhar notícias falsas no Brasil. Não é à toa que o app de mensagens tem trabalhado numa série de esforços para conter o envio de fake news na plataforma, atribuindo selos de "Encaminhado" para mensagens repassadas e setas duplas para aquelas que foram compartilhadas muitas vezes, além de limitar o compartilhamento de conteúdo encaminhado para apenas um contato por vez e oferecer um recurso para pesquisar mensagens no Google.
O compartilhamento de fake news vai contra os termos de uso do mensageiro e, por isso, o WhatsApp pode banir permanentemente contas de usuários que encaminham notícias falsas pelo aplicativo. O mensageiro, inclusive, encoraja a denúncia de perfis que compartilham conteúdo impróprio — o que inclui as fake news —, já que a criptografia de ponta-a-ponta não permite que o app tenha acesso às mensagens trocadas na plataforma.
2. Disparo de mensagens em massa
Assim como as fake news, o disparo de mensagens em massa também viola os termos de uso do aplicativo. Na verdade, as duas ações foram utilizadas por empresas de contratação de robôs durante a última corrida presidencial no país em 2018. O disparo de notícias falsas de forma massiva e automatizada foi confirmada pelo WhatsApp que, como resposta, baniu centenas de milhares de perfis na plataforma.
Além disso, o WhatsApp pode processar judicialmente empresas cadastradas na versão empresarial do mensageiro que utilizam o serviço de automação para enviar mensagens em massa. Em junho do ano passado, o mensageiro também afirmou que usuários que não respeitarem as regras da plataforma também poderão ser responsabilizados criminalmente.
3. Links maliciosos
Golpes no WhatsApp ficaram ainda mais comuns durante a pandemia provocada pela Covid-19 no país. O golpe do Auxílio Emergencial, por exemplo, fez mais de 7 milhões de vítimas só em abril deste ano. Além dele, outras armadilhas também tiveram um número expressivo de acessos e envios, como o golpe do FGTS, a falsa promoção que oferecia perfumes utilizando o nome d'O Boticário, o super almanaque da Mônica grátis e a falsa promoção de Páscoa que utilizava o nome da Cacau Show para distribuir chocolates de graça.
Os criminosos por trás dos golpes, no entanto, utilizavam o mesmo esquema para atrair vítimas e espalhar o link malicioso pelo WhatsApp. As falsas promoções e o falso auxílio exigiam que as vítimas cumprissem com o mesmo procedimento todas as vezes: elas deveriam responder a algumas perguntas simples e, para ganhar o prêmio, compartilhar o link malicioso com um certo número de contatos. Ou seja, seguindo a mecânica exigida pelos criminosos, a própria vítima acaba disseminando o golpe.
Portanto, antes de encaminhar links suspeitos no WhatsApp, faça uma busca simples e confirme se a informação é verdadeira. Resgate de itens gratuitos e promoções "muito boas para ser verdade" costumam atrair a atenção de usuários e, por isso, são utilizadas por golpistas com frequência. Além disso, também é interessante verificar os caracteres de links recebidos pela plataforma antes de clicar neles, já que criminosos costumam modificar letras por caracteres especiais semelhantes com o intuito de dar credibilidade ao golpe e atrair vítimas para sites que pareçam seguros.
4. Conteúdo plagiado
O envio de conteúdo plagiado no WhatsApp é proibido e fere as diretrizes da plataforma. O plágio é entendido pelo mensageiro como qualquer conteúdo que viole a propriedade intelectual, direito autoral e marca registrada de qualquer outro usuário ou empresa. Como o WhatsApp não tem acesso às mensagens trocadas por usuários na plataforma em razão da criptografia de ponta-a-ponta, é necessário enviar um e-mail para o app pelo endereço [email protected], com informações sobre o ocorrido.
Além disso, a plataforma sugere que o usuário que sofreu plágio entre em contato com a conta que pode estar violando os direitos sobre sua propriedade intelectual, já que o WhatsApp só é capaz de remover o conteúdo público, que inclui foto de usuário, nome de perfil e status.
5. Dados pessoais
Também vale ressaltar que, como medida de segurança, informações pessoais como números de RG e CPF, endereços residenciais e dados ainda mais sensíveis como números de cartões de crédito e senhas não devem ser repassados pelo mensageiro, nem mesmo para contatos que pareçam confiáveis. Os dados podem ser utilizados de maneira indevida e por pessoas mal intencionadas que aplicam golpes pelo WhatsApp.
Vale lembrar também que o código de verificação do mensageiro não deve ser informado para ninguém sob nenhuma condição. A chave numérica, recebida por SMS, pode ser utilizada por criminosos para aplicar golpes do WhatsApp clonado e pedir resgates em dinheiro.
6. Conteúdos que infrinjam a lei
Além disso, qualquer outro conteúdo que infrinja leis também está terminantemente proibido de ser enviado por meio do WhatsApp. Qualquer forma de violação e apropriação indevida dos direitos do WhatsApp, de outros usuários ou de terceiros não é aceitável e, caso as regras sejam desrespeitadas, a conta pode ser banida da plataforma definitivamente.
Todo conteúdo que, por algum motivo, for compartilhado de maneira ilícita, ameaçadora, difamatória ou que seja assediante ou ofensiva em razão de questões étnicas ou raciais, além de qualquer conteúdo que incite a violência é proibido e fere as diretrizes de uso do mensageiro. O compartilhamento de mensagens e ligações automatizadas também não é permitido, e usuários que utilizarem táticas de robotização de mensagens para enviar spam podem, inclusive, responder criminalmente por suas ações.
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