O Ministério da Saúde e a Polícia Civil do RJ investigam o caso de seis pessoas que estavam na fila do transplante da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) e receberam órgãos contaminados pelo vírus HIV de dois doadores. Os transplantados testaram positivo. Essa é uma situação sem precedentes para o estado.
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O caso foi descoberto em 10 de setembro, quando um dos pacientes deu entrada em um hospital ao apresentar sintomas neurológicos e testou positivo para o HIV — ele não tinha o vírus antes do transplante de coração realizado no fim de janeiro. As autoridades iniciariam as investigações e chegaram a dois exames realizados pelo PCS Lab Saleme — unidade privada contratada pela SES-RJ em dezembro do ano passado por cerca de R$ 11 milhões.
Em nota, a SES-RJ informa que o caso é inadmissível e que uma comissão multidisciplinar foi criada para acolher os pacientes afetados. Medidas já foram tomadas para garantir a segurança dos transplantados.
"O laboratório privado, contratado por licitação pela Fundação Saúde para atender o programa de transplantes, teve o serviço suspenso logo após a ciência do caso e foi interditado cautelarmente. Com isso, os exames passaram a ser realizados pelo Hemorio. A Secretaria está realizando um rastreio com a reavaliação de todas as amostras de sangue armazenadas dos doadores, a partir de dezembro de 2023, data da contratação do laboratório", afirma o órgão.
O laboratório foi interditado pela Coordenadoria Estadual de Transplantes e a Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro. O caso está sendo investigado pela Delegacia do Consumidor (Decon) da Polícia Civil.
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