Sede do Cremal é interditada após notificação da Defesa Civil por risco de colapso no Mutange

A sede do Conselho Regional de Medicina de Alagoas (CREMAL) precisou ser evacuada após uma notificação da Defesa Civil, na última quinta-feira (30), que solicitou desocupação imediata de imóveis localizados na área de risco de afundamento do solo. As instalações ficam localizadas na Rua Sargento Aldo Almeida, no Pinheiro, um dos cinco bairros afetados pela atividade de mineração.

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Em um comunicado oficial aos médicos e a sociedade, o presidente do Cremal, Benício Luiz Bulhões, disse que a sede está localizada em uma zona monitorada e que, em um primeiro momento, sabia que não era preciso a evacuação imediata, mas que tinha conhecimento que precisaria realocar o funcionamento da autarquia para outro endereço.

Benício adiantou, inclusive, que já rolaram conversas com a Braskem, mas que houve impasses em relação à indenização a ser recebida pelo Cremal. “Conversas foram iniciadas com a mineradora a partir de um protocolo de entendimentos, todavia chegou-se a um impasse quando do questionamento relativo aos valores indenizatórios a serem percebidos por nossa Autarquia”, disse.

A necessidade de desocupação se deu após a declaração de emergência em Maceió, no último dia 29 de novembro, pelo prazo de 180 dias, e pela notificação da Defesa Civil devido a determinação judicial, emitida na última quinta-feira (30). “Tal determinação precisou ser cumprida e, devido a isto, estamos impossibilitados momentaneamente de ter acesso a quaisquer documentos e/ou equipamentos pertencentes ao Conselho, impedindo a atuação desta Autarquia dentro de suas prerrogativas. Estamos trabalhando junto aos órgãos competentes, não medindo esforços para o retorno ao normal de nossas atividades em breve período de tempo”, finalizou o presidente do Cremal.

Monitoramento da Defesa Civil - Na manhã desta terça-feira (05), a Defesa Civil de Maceió reduziu o nível de atenção da mina 18, que até então era alerta máximo, para somente nível de alerta, no início da tarde desta terça-feira (05).

De acordo com a Defesa Civil,  o deslocamento vertical acumulado da mina, isto é, o afundamento, é de 1,86m e a velocidade vertical é de 0,27 cm por hora, apresentando um movimento de 6,2 cm nas últimas 24h, sendo que já foi de até 5 cm por hora às 23h53 no dia 29 de novembro.