Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos emite nota após morte de dois homossexuais em AL

A Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos (SEMUDH), por meio da Superintendência de Direitos Humanos e Igualdade Racial (SUPDHIR), emitiu, na manhã desta sexta-feira (24), uma nota de repúdio ao assassinato de dois homossexuais que aconteceram na última semana em Alagoas.

LEIA TAMBÉM

Mundo

Menino morre asfixiado após mãe de 150 kg deitar sobre ele como forma de punição

Brasil

Motorista de aplicativo é preso suspeito de tentar sequestrar mulher em SP

A nota mencionou Antônio Roberto da Silva, de 45 anos, conhecido como “Betinho”, professor que morava no município de Junqueiro. Betinho estava desaparecido desde o último sábado (18), depois de ter saído com o seu namorado para um bar na cidade. 

Na última quinta-feira (23), populares encontraram um corpo enterrado em cova rasa num canavial próximo ao Centro Integrado de Segurança Pública de Junqueiro. Familiares estiveram no local e afirmaram que o corpo seria de Betinho.

Também na última quinta, outro homossexual foi espancado e morto a tiros, no Tabuleiro dos Martins, em Maceió. A identidade do jovem não foi divulgada. Segundo a polícia, a vítima morava com o namorado, que também foi espancado, mas conseguiu fugir do local.

Confira a nota na íntegra: 

"NOTA DE REPÚDIO AO ASSASSINATO DE HOMOSSEXUAIS

Em atenção aos dois casos de assassinatos de homossexuais, o do professor Antônio Roberto da Silva, 45 anos, conhecido como “Betinho”, o qual ocorreu no último sábado (18), no município de Junqueiro; e o jovem que foi espancado e assassinado a tiros no Tabuleiro dos Martins, em Maceió, na quinta-feira, 23, este último ainda sem informações mais detalhadas, conforme foi declarado pela Assessoria da Secretaria da Segurança Pública de Alagoas, a Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos (SEMUDH) e a Superintendência de Direitos Humanos e Igualdade Racial (SUPDHIR) vêm manifestar total repúdio a todo e qualquer ato de violência à comunidade LGBT, que tem sido vítima frequente de ataques homofóbicos os quais geram violência e morte. 
A SEMUDH está em contato direto com as autoridades competentes para acompanhar o andamento desses casos e providências adotadas nas investigações policiais.    Em solidariedade à família das vítimas, se coloca à inteira disposição para colaborar no monitoramento dos casos podendo ser feito contato pelo telefone (82) 3315-1792.

Maceió, 24 de agosto de 2018.
Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos (SEMUDH).
Superintendência de Direitos Humanos e Igualdade Racial (SUPDHIR)."