O desembargador Sebastião Coelho, alagoano de Santana do Ipanema e hoje aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, foi destaque nesta quarta-feira, 6, em audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, ao reafirmar críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
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O tema da sessão, presidida pela deputada Bia Kicis (PL-DF), era “Violações de direitos após os atos de 8 de janeiro”.
Agora atuando como advogado, Sebastião, que se notabilizou aos desafiar os ministros do STF no julgamento de réus do 8 de janeiro, disse na Câmara ser um“escárnio” a indicação do senador e ministro da Justiça Flávio Dino (PSB/MA) ao Supremo, e exortou “caminhoneiros, sindicalistas e jornalistas, entre outros, para ‘parar o país’ nos dias 11, 12 e 13 de dezembro”, antes da sabatina de Dino no Senado.
Fazendo referência à morte de Cleriston Pereira da Cunha, um dos réus pelo 8 de janeiro que estavam detidos no Presídio da Papuda, em Brasília, disse o advogado:
“O Supremo Tribunal Federal se tornou um partido político. Barroso, nosso ministro ‘perdeu, mané’, disse num evento do Rio Grande do Sul que ‘nós conseguimos o poder político’. E quem consegue o poder político não abre mão dele facilmente. Ou nós paramos essa Corte agora, esse partido político, Supremo Tribunal Federal, ou nós paramos esses acordos ou vamos ter outro Clesão.”
Não poupou de críticas também o ministro Alexandre de Moraes: “Qual o sentido de ministro do Supremo influenciar em indicações para tribunais? Isso é, com todo o respeito, promiscuidade”.
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