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O São João de Campina Grande terminou com 61 pessoas alegando terem sido perfuradas por agulhas durante o evento. O número foi divulgado pelo Hospital de Emergência e Trauma da cidade, que na noite deste domingo (8), último dia da festa, contabilizou mais três pacientes que disseram que foram atacados.
Do total das vítimas, 56 afirmaram que sofreram os ataques no Parque do Povo e outras cinco, no bloco junino que acontece na primeira semana de junho na cidade. São 39 homens e 22 mulheres.
A polêmica envolvendo as agulhadas no São João de Campina Grande começou logo no primeiro final de semana da festa. Segundo informações do Hospital de Trauma, entre a sexta-feira (8) e segunda (11) de junho, pelo menos 8 pessoas deram entrada na unidade dizendo terem levado agulhadas no Parque do Povo.
Logo após as primeiras divulgações dos casos outras pessoas procuraram o hospital relatando também terem sofrido perfurações no durante a festa. Outras também foram até a unidade dizendo terem sofrido perfurações no tradicional bloco junino que aconteceu no na primeiro final de semana de junho na cidade.
O caso das agulhadas segue sendo investigado pela Polícia Civil, até o momento ninguém foi preso ou identificado por participações nos ataques.
No dia 18 de junho uma sacola com quatro seringas com sangue foram encontradas nas proximidades do Parque do Povo. Na ocasião, em coletiva de imprensa, a Policia Civil apresentou exames básicos que mostravam que o sangue não estava contaminado com doenças. O sangue das seringas foi encaminhado para laboratório onde um laudo ia dizer se o sangue era humano ou de animal. A Polícia informou que quando tivesse o resultado faria outra coletiva de imprensa para divulgar as informações.
Risco de contaminação é mínimo
O risco de infecção de pessoas feridas por agulhas durante o São João de Campina Grande, em relação à possível contração dos vírus do HIV, hepatite B ou sífiles, é mínimo. A chance de contaminação equivale a menos de 0,3%, conforme explicou o médico infectologista do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, Jaime Araújo.
Segundo o médico, a resistência desses vírus em ambientes abertos ou expostos à luz é de pouco tempo, o que diminui significativamente a chance de contaminação. “Apesar dessa situação, é importante que a vítima desse tipo de ataque procure o atendimento médico de imediato ou no período máximo de até 72 horas como ação preventiva. A chance de contaminação é de 0,3%, no entanto, se houver tratamento preventivo que inclui a realização de exames e indicação de medicamentos [uso do coquetel], o número reduz para quase zero. Não há motivos para pânico, é preciso apenas ter a informação correta e buscar o atendimento preventivo”, disse.
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