Saiba quem é a família que será levada a júri popular por morte de auditor fiscal em Maceió

Publicado em 28/10/2024, às 17h54
Foto: Cortesia
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Por Theo Chaves

A Justiça de Alagoas vai levar a júri popular nesta quarta-feira, 31, cinco pessoas da mesma família, que são acusadas de terem participado da morte do auditor fiscal da Receita Estadual, João de Assis Pinto Neto, em Maceió. A vítima foi encontrada morta em uma região de canavial, perto da rodovia AL-405, em outubro de 2022. 

À época do crime, a polícia indiciou os irmãos Ronaldo Gomes de Araújo, Ricardo Gomes de Araújo da Silva, João Marcos Gomes de Araújo, além de Vinicius Ricardo de Araújo Silva, por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Já Maria Selma Gomes Meira, que é mãe de Ronaldo, Ricardo e João, também foi indiciada por ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor. 

De acordo com as investigações, o crime aconteceu após João de Assis Pinto Neto ir ao depósito de bebidas que pertence a família para realizar uma inspeção. No local, a vítima teria sido submetida a várias formas de violência por Ronaldo, Ricardo e Vinícius. Um menor de idade conhecido como “Pintinho” também teria contribuído para a execução do crime.

Mãe e filhos foram presos pela morte de auditor de fiscal em Maceió
Mãe e filhos foram presos pela morte de auditor de fiscal em Maceió

Na ocasião, o réu João Marcos teria fechado uma das portas do estabelecimento no momento das agressões, de forma a auxiliar os demais acusados. Já a ré Maria Selma Gomes Meira, mãe de três dos acusados, teria ajudado os filhos a limpar o sangue da vítima e a transportar o veículo de fiscalização da SEFAZ até um canavial, onde o corpo foi carbonizado.

Um laudo cadavérico apontou que o auditor fiscal morreu devido a múltiplas lesões na cabeça, provocadas por instrumento contundente.

O carro e o corpo do auditor fiscal foram encontrados em um canavial. Foto: Reprodução

Motivação do crime 

No inquérito entregue ao Ministério Público Estadual (MP-AL), a Polícia Civil de Alagoas apontou que João de Assis Pinto Neto foi morto por causa de uma desavença com dois comerciantes, após ele flagrar irregularidades em um estabelecimento comercial, que fica localizado no Tabuleiro do Martins, parte alta da capital alagoana. 

Segundo a polícia, foi por meio do celular da vítima, abandonado pelos suspeitos em um terreno baldio, em Rio Largo, que a polícia conseguiu chegar aos suspeitos. 

Após conseguir acessar o aparelho, a polícia constatou que o auditor fiscal usou o celular para fotografar as suas fiscalizações e apreensões de produtos irregulares durante o seu trabalho. O estabelecimento pertencente aos acusados do crime era investigado por compra e venda de mercadorias roubadas. 

Auditores fiscais fazem ato e pedem pela condenação dos acusados

Amigos e colegas de profissão do auditor fiscal estadual, João de Assis, assassinado brutalmente enquanto trabalhava, no ano de 2022, realizaram o primeiro ato público com o pedido de condenação dos acusados. A manifestação ocorreu nesse último domingo (27), na rua fechada, na orla da capital alagoana, durante toda a manhã. 

O secretário especial da Receita Estadual, Francisco Suruagy, destacou a importância do ato público com o pedido de justiça pelo caso. “Além de matarem o João de Assis, eles atentaram contra o estado, contra todos os alagoanos. João estava cuidando e protegendo Alagoas, exercendo seu papel de fiscal, pelo bem de todos os alagoanos”, afirmou Francisco. 


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