A Polícia Científica de Alagoas confirmou, na manhã desta quarta-feira (8), que conseguiu coletar materiais orgânicos e inorgânicos nos corpos das duas crianças que foram exumados de um cemitério particular de Maceió para investigação, nessa última terça-feira (07). As duas crianças, de 1 e 3 anos, morreram em 2016 e em 2021, respectivamente, supostamente vítimas de envenenamento praticado pela própria mãe, que também é suspeita de tentar matar a mãe dela envenenada, em 2023.
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De acordo com a Polícia Científica, as amostras coletadas foram encaminhadas para o Laboratório de Toxicologia Forense do Instituto de Criminalística de Maceió, onde serão examinadas.
“Essas amostras serão utilizadas para pesquisa de venenos e materiais tóxicos, com a finalidade de buscar indícios que possam colaborar com o inquérito policial”, esclareceu Eduardo Yukishigue Nisiyama, médico legista responsável pela exumação que também é chefe do setor de perícias em mortos do IML de Maceió.
Já o perito criminal chefe do Laboratório Forense, Thalmanny Goulart, explicou que, em casos como esse, é utilizada a técnica de análise de tecidos, através da espectrometria de massas. Porém o sucesso desse tipo de exame depende de vários fatores do eventual material coletado, como estado de decomposição (tempo e degradação), não só do tecido, mas também das substâncias que eventualmente possam estar contidas nele.
“Mais um motivo que reforça a importância da imediata coleta após o fato em que se quer esclarecer eventual morte sem causa definida. Então, a toxicologia tem que ser rápida para ser efetiva. Quando ela demora, a efetividade desse exame cai substancialmente e as chances para identificação pelo decorrer do tempo nesse caso diminuem”, explicou o perito.
Corpos foram exumados após solicitação da Polícia Civil de Alagoas
Com informações da Polícia Científica de Alagoas*
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