Após mais de duas semanas internada com Covid-19, a ex-pivô da seleção brasileira de basquete Ruth Roberta de Souza morreu nesta terça-feira (13), aos 52 anos.
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Conhecida como Rutão, ela foi campeã mundial com o Brasil em 1994, integrando uma das mais importantes equipes da história do basquete brasileiro. Também participou da conquista do ouro no Pan-Americano de Havana (Cuba), em 1991, e dos Jogos Olímpicos de Barcelona, no ano seguinte. Após se aposentar da carreira de atleta, trabalhou como técnica.
Familiares vinham utilizando sua conta nas redes sociais para atualizações sobre o estado de saúde da jogadora. A primeira notícia de sua ida para a UTI foi dada pela sobrinha, Aurora, no dia 29 de março, mas a internação já havia acontecido dias antes.
Ainda segundo as publicações, Ruth que tinha diabetes e problemas nos rins, ficou com o pulmão bastante comprometido. Foi intubada no dia 2 de abril, chegou a apresentar melhoras no quadro, mas, às 6h30 da manhã desta terça, teve a morte confirmada.
"Agradeçamos as orações, agora ela descansou", diz a última nota da família. Ruth estava internada em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, sua cidade natal.
A Confederação Brasileira de Basquete publicou uma nota de pesar. "Guerreira, Ruth Roberta de Souza buscava os mais difíceis rebotes para o Brasil", começa o texto. "Ruth deixa um exemplo de como é possível combater o bom combate, ser firme, raçuda em quadra, defender as cores do Brasil, sem nunca perder o fair play. Ruth, nós nunca esqueceremos o seu sorriso".
Magic Paula, sua companheira na seleção e hoje vice-presidente da confederação, também se manifestou: "Perdi uma amiga, com uma história de vida de muitos desafios, mas [que] jamais perdeu sua doçura e sempre com seu jeito humilde e eficiente na convivência em grupo. Dia muito difícil para mim. Ruth fazia parte da minha família e sempre [era] recebida com carinho, como merecia".
Técnico da conquista mundial em 1994, Miguel Ângelo da Luz disse que Ruth foi importante no aspecto técnico e tático do time, com seus bloqueios e rebotes, e também no pessoal.
"Estava sempre com sorriso no rosto. Pronta para colaborar, apaziguar tudo. Incentivando as mais novas, como Alessandra, Cíntia, Leila. Ela era uma alegria para a gente. Todo mundo queria ficar perto, abraçando ela. Uma grande perda para o nosso convívio. Na comemoração dos 25 anos, entre o grupo, era a mais celebrada. Todo mundo queria saber como ela estava."
Em março, Soraya Brandão, também ex-jogadora de basquete, morreu aos 63 anos, em decorrência da Covid-19. No último dia 8, Roseli Machado, corredora que venceu a São Silvestre em 1996, foi outra vítima da doença, aos 52 anos.
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