Por Redação
O candidato à reeleição Rui Palmeira (PSDB) foi o primeiro a ser sabatinado hoje (14), no último dia da Série de Entrevistas promovida pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL) com o apoio do Senac. Por sorteio, a primeira pergunta versou sobre o tema desenvolvimento econômico referindo-se ao Centro de Maceió. Palmeira falou sobre os avanços nos últimos anos na região, mas enfatizou que há muito a ser feito. Segundo ele, a capacidade de investimento de Maceió é mínima. Por isso, as parcerias internacionais para saneamento e infraestrutura serão caminhos para avançar nas ações.
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O candidato e atual prefeito afirmou que são muitos os problemas no Centro. Ele ressaltou que desde 2013 as portas do Executivo municipal estão abertas para o setor do comércio. “Conseguimos minimizar o problema dos camelôs no Centro. Infelizmente, muita gente de Maceió vive na informalidade”, comentou.
Sobre a infraestrutura na região do Centro, o prefeito afirmou que foi realizado recapeamento das ruas, melhorou a limpeza e iluminação. No que se refere ao estacionamento, Rui classificou como um problema crônico. No entanto, mais privado do que público. “Precisamos melhorar mais. Pegar o VLT em Jaraguá e chegar ao centro sem dificuldade já que hoje é muito difícil estacionar”, afirmou. Ele complementou que é necessário manter o diálogo com o setor.
No que tange ao artesanato, Rui falou sobre a inclusão na região do Centro Pesqueiro de Jaraguá que terá fábrica de gelo e mercado de peixe. “Sem dúvida será o renascimento de Jaraguá. Lá, tem um galpão ocioso e a ideia é levar uma parte cultural para lá, incluindo o artesanato. A primeira etapa da obra deverá ser entregue até novembro deste ano”, declarou.
Quanto ao mercado público, Rui explicou que havia uma emenda de bancada de aproximadamente 20 milhões de reais, mas que o recurso não foi liberado. “Para fazer essa mudança vai precisar de um grande investimento entre o governo do Estado, já que inclui saneamento, e parceria com a iniciativa privada. Todos esses mercados, a exemplo de Belo Horizonte, são geridos de forma privada. Acredito que é a grande alternativa”, disse.
Sobre o acesso a capital financeiro, Rui defendeu que a questão do crédito não é diretamente papel do município. “Existem as linhas do BNDES, da Desenvolve. Tem candidatos prometendo uma agência de fomento, mas não acredito que seja viável porque a cidade tem outros pontos prioritários. Inclusive a Desenvolve é parceira nossa de uma ação com ambulantes da região marítima”, comentou.
No quesito saúde, Rui comentou que é um problema nacional. O PSF, quando criado pelo FHC, havia R$ 9 mil para a equipe. Vinte anos depois, ou seja, hoje o valor é de R$ 10 mil. “Esse modelo se tornou inviável. Primeiro, a situação da saúde em Maceió estava completamente deteriorada. Vamos entregar 11 unidades e reformamos 30 unidades. As unidades funcionavam em casebres alugados, a exemplo do Village. Estamos trocando as unidades precárias por novas. Até o final do ano deve chegar a 38 unidades reformadas, sobretudo na área alta”, ressaltou. Ele citou as UPAs já existentes nos bairros do Trapiche e do Benedito Bentes, e disse que a intenção é levar também ao Jacintinho.
Sobre a área de educação, Rui falou sobre as ações da sua gestão na pasta. Segundo o candidato à reeleição, 135 escolas foram reformadas e 15 novas creches. “Na gestão anterior foi entregue apenas uma creche”, disparou. E continuou “dobramos o investimento em merenda escolar. Esse dinheiro é mandado direto para os diretores e esse valor circula no bairro. Entregamos uniforme completo, inclusive mochila e tênis”, assegurou.
No que tange a programa de novos empreendimentos, Rui explicou seu ponto de vista de que a captação de indústria é mais focada no Governo do Estado porque o imposto é o ICMS. No que diz respeito ao município, a apresentação de um projeto de lei para captação de empresa de call center. “O Téo doou um terreno e trouxemos a Alma Viva. Depois, conseguimos um novo investimento no Benedito Bentes. Temos hoje 7 mil jovens empregados em Maceió nessa área, graças a esse esforço do município de Maceió e reduzimos o ISS de 5% para 2,5%.
Durante a entrevista, Rui antecipou que a ideia no momento é encaminhar o plano diretor e diminuir os impostos em algumas áreas como o Poço e Jaraguá. “Primeiro para revitalizar vamos precisar de gente morando, para isso, iremos conceder isenções fiscais municipais”, afirmou.
No que se refere ao critério de escolhas dos secretários e assessores, Rui defendeu que é possível, mesmo com a indicação política, prezar pela qualidade, a exemplo da professora Ana Dayse Dórea, atual secretária municipal de Educação. “Cabe ao gestor fazer essa peneira. Um prefeito tem que delegar e, para isso, confiar na equipe. Obviamente dar as diretrizes finais”.
MOBILIDADE URBANA E INFRAESTRUTURA
Com relação à gestão, Rui citou obras importantes como a via litorânea que liga Cruz das Almas a Jacarecica, a Paulo Holanda, que mudou o trânsito na rotatória e a Manoel Afonso, entre outras. “Mobilidade na nossa gestão é falar da faixa azul. Tivemos a determinação de fazer algo simplório que proporcionou mais qualidade de vida, pois dobramos a velocidade do ônibus no Tabuleiro. Na dona Constança o trecho que levava meia hora passou para 10 minutos”, argumentou.
Para o candidato, a melhor opção para Maceió seria o VLT para a Avenida Fernandes Lima. “Mas não acredito porque o projeto total é alto e com a crise econômica fica difícil um financiador privado. Então uma saída seria o BRT”, destacou.
LÍNGUAS NEGRAS
No bairro da Pajuçara, a Prefeitura Municipal estará com cinco estações de bombeamento, sendo que duas já estão funcionando para livrar a orla das línguas sujas. Boa parte foi obtida em parceria com o trade turístico e a Braskem. “É um caixote de concreto. Tem mais seis que já estão licitadas. Vamos bombear a água e não chegará a praia. Temos projetos para o Salgadinho e o Riacho das Águas Férreas”, explicou.
Segundo ele, a proposta é construir nas margens do Salgadinho e o Riacho das Águas Férreas caixotes de concreto e colocar plantas que fazem a filtragem natural. Vamos bombear o maior volume possível do emissário submarino. É um projeto de uma empresa francesa. Não vamos despoluir, mas minimizar bastante e dar balneabilidade a praia da avenida por sete a oito meses do ano”, disse.
CONCURSO
Nessa gestão, de acordo com o prefeito, foram concursados 1.600 pessoas somente na saúde. “Mas sabemos que há muita carência. A meta é fazer um grande concurso para a educação, com foco no magistério até o final do ano, provavelmente, em dezembro”. Conforme Rui, muitos profissionais estão se aposentando. E há outras áreas importantes, a exemplo da SMCCU que também precisa de profissionais como arquitetos e engenheiro.
Antes da sabatina, a Fecomércio entregou a “Agenda Municipal – Compromisso com o Comércio da sua cidade”. O documento, que será entregue também aos prefeitos eleitos dos municípios alagoanos, sugere medidas de valorização dos comércios locais como forma de estimular o desenvolvimento.
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