Um dos políticos mais habilidosos de Alagoas, com liderança incontestável no cenário nacional – não foi a toa que conseguiu ser três vezes presidente do Senado Federal – o senador Renan Calheiros (MDB/AL) reconhecidamente incorreu num erro ao desistir de permanecer na CPI da Braskem.
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Num gesto intempestivo, ao saber que não seria relator da comissão – seu grande objetivo neste ano – simplesmente abriu mão de continuar integrando o colegiado.
Resultado: perdeu seu protagonismo e permitiu que seu desafeto Rodrigo Cunha (Podemos/AL) tomasse as rédeas da situação, notadamente na busca por repercussão junto ao eleitorado de Alagoas, onde se dá o maior desastre ambiental em área urbana do Brasil, provocado exatamente pela Braskem.
E Rodrigo tem aproveitado a oportunidade de se destacar como membro da CPI em curso no Senado, participando ativamente dos trabalhos, interna e externamente.
Nesta segunda-feira, 11, por exemplo, se reuniu na sede da OAB/AL com dirigentes da instituição anfitriã e também com representantes de órgãos técnicos, como Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, Ministério Público Federal, Defensoria Pública do Estado e da União, para debater a situação doa bairros de Maceió afetados pela Braskem.
Rodrigo aproveitou para enaltecer a atuação desses órgãos em relação ao problema:
“Vocês estão dando uma grande contribuição a um trabalho que está sendo feito e acompanhado pelo Brasil inteiro. Confesso que meu interesse está naquelas pessoas que já saíram de suas residências, deixaram seus locais de vida e nas que ficaram nas regiões próximas. Isso é o que me move. Acredito que é o que move muitas pessoas que estão aqui.”
Traduzindo para um Português acessível ao cidadão do interior: Rodrigo Cunha está sabendo aproveitar o cavalo selado que foi encilhado por Renan Calheiros.
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