O músico Roberto de Carvalho, viúvo da cantora Rita Lee, conversou com o "Fantástico" sobre detalhes do tratamento e dos últimos dias de vida da artista, que morreu nesta segunda-feira (8), no apartamento da família em São Paulo. Rita Lee foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2021, e vinha fazendo tratamentos contra doença.
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"A Rita é considerada um milagre pelos médicos que cuidaram dela. Ela foi fazer os exames e viu que se tratava de um tumor, mas já num estágio avançado e com metástase. Os médicos previram uma sobrevida de 3 a 4 meses", contou Roberto em entrevista no dia seguinte ao velório. "Mas ela encarou o negócio com um estoicismo... Fez quimioterapia várias vezes, radioterapia. Momentos muito sofridos", completou.
Roberto destacou que Rita contou com a presença constante do filho João, que voltou a morar com os pais para acompanhar o dia a dia do tratamento.
"Nós dois que tomamos conta da situação toda e a gente procurou se informar o máximo", lembrou o instrumentista, que descreveu ainda os últimos acontecimentos na vida da cantora:
"Ela foi perdendo a capacidade de andar, de pensar. Entretanto, os momentos finais dela foram de leveza, de calma, de doçura. Nós estávamos todos juntos com ela, montamos um quarto de hospital [no apartamento]. A respiração dela foi parando... Foi em paz".
O instrumentista também narrou o primeiro encontro com Rita Lee, que conheceu através de Ney Matogrosso, com quem tocava nos anos 1970, e se declarou:
"Sou extremamente feliz por ter estado sempre por perto de uma pessoa tão iluminada, tão cheia de vida, de criatividade, de alegria. Nos tornamos cara-metade. Em vida ou em morte."
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