Rio Largo tem contas bloqueadas após suposta carta falsa de renúncia de prefeito e vice

Publicado em 01/04/2025, às 12h07
Sede da Prefeitura de Rio Largo - Foto: Prefeitura de Rio Largo
Sede da Prefeitura de Rio Largo - Foto: Prefeitura de Rio Largo

por Eberth Lins

Publicado em 01/04/2025, às 12h07

A crise política que se instaurou em Rio Largo, na região metropolitana de Maceió, ganhou mais um capítulo nesta terça-feira, 1º de abril. A gestão municipal foi surpreendida com o bloqueio das contas bancárias pela Caixa Econômica Federal (CEF), o que a assessoria do Executivo chamou de mais uma tentativa de golpe. 

"O município passa, hoje, por um caos administrativo instalado pelos atos do presidente da Câmara, Rogério Silva. Trata-se de mais um desdobramento da tentativa de golpe, que já atinge os serviços essenciais do município, como o abastecimento de medicamentos, serviços de limpeza pública, entre outros, afetando diretamente os munícipes riolarguenses", traz o comunicado oficial da Prefeitura.

A confusão -  que parece estar longe de findar - coloca em lados opostos o atual prefeito da cidade, Carlos Gonçalves e o ex-prefeito, Gilberto Gonçalves, que até então era um dos seus principais apoiadores. Carlos é sobrinho da esposa de Gilberto. 

Nessa segunda (31), o presidente da Câmara Municipal de Rio Largo, Rogério Silva, leu uma carta atribuída ao prefeito Carlos Gonçalves e ao vice, Peterson Henrique, em que ambos supostamente renunciavam aos cargos. A carta foi rapidamente refutada pelos gestores, que além de negarem a autoria, disseram ser vítimas de uma tentativa de golpe.

Ainda ontem, o prefeito Carlos Gonçalves convocou uma entrevista coletiva e informou a exoneração de Gilberto, que ocupava o cargo de secretário especial de Governo.

O TNH1 entrou em contato com a Caixa Econômica Federal para saber sobre os bloqueios e segue aguardando resposta. 

AMA SE PRONUNCIA

Em nota, a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) manifestou solidariedade ao prefeito Carlos. "A AMA reafirma a sua defesa em prol da democracia, da legalidade e do princípio constitucional da soberania popular. Confiamos que os órgão competentes agirão com serenidade, responsabilidade e respeito à autonomia municipal, assegurando que prevaleçam  a justiça, o direito, o equilíbrio e o Estado Democráritico de Direito".

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