"Dar o sangue pelo esporte" é uma frase a ser usada com cuidado perto das ginastas nesses Jogos Olímpicos. A primeira atleta a competir na Ginástica Artística pela Índia acabou de embarcar para o Rio - e a missão dela por aqui é um desafio de dar calafrios.
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Dipa Karmakar, de 22 anos, é uma das únicas cinco ginastas da história a conseguir realizar o Salto da Morte. Com o nome oficial de Produnova, ele é o movimento mais perigoso da Ginástica e o salto mais difícil da modalidade.
Qualquer erro mínimo pode levar a uma lesão no pescoço ou na coluna vertebral e uma queda errada pode ser fatal.
Para fazer o Produnova, a ginasta salta, faz uma reversão e dois mortais grupados para a frente. Em termos leigos: ela pula de frente, apoia as duas mãos na mesa (a reversão) e completa duas cambalhotas no ar com as pernas flexionadas.
O problema é que tudo isso exige uma força imensa. A atleta precisa chegar no trampolim com muita velocidade, ganhar bastante impulso quando encosta na mesa e estar em uma altura suficiente para realizar as duas.
Se não conseguir altura suficiente, vai fazer um mortal e meio… E aterrissar de cabeça, não de pé.
A primeira ginasta a conseguir realizar essa proeza foi a russa Yelena Produnova, em 1999. Desde então, poucas ginastas aceitaram o desafio de realizá-lo e um número ainda menor teve sucesso.
Além de Produnova, as únicas que conseguiram completar o salto em competições oficiais foram a dominicana Yamilet Peña Abreu, a egípcia Fadwa Mahmoud, a uzbeque Oksana Chusovitina (que, com 41 anos, também vêm ao Rio para sua 7ª Olimpíada) e, é claro, a própria Dipa Karmakar.
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