José Henrique Queiroz Barbosa Rocha e Bruno Barbosa Vilar, acusados do assassinato do empresário Gilmário Alencar, foram condenados após mais de um dia de júri popular na Comarca de Olho D'Água das Flores, Sertão de Alagoas, cidade onde a vítima residia. O crime aconteceu em fevereiro de 2021.
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Segundo a decisão, José Henrique foi condenado por homicídio qualificado, furto qualificado, destruição de cadáver, e posse ilegal de arma de fogo de uso permitido, e a sentença dele foi de 27 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão, 1 ano de detenção, e 33 dias-multa. Já Bruno também foi condenado por homicídio e furto qualificado, mais destruição de cadáver, e a Justiça fixou a pena definitiva de 19 anos, 4 meses e 10 dias de reclusão, e 24 dias-multa.
O júri foi conduzido pelo magistrado Antônio Iris da Costa Júnior e começou na manhã de terça-feira, 18. Mas, devido à quantidade de testemunhas, e ao tempo de debate entre acusação e defesa permitido para casos com dois réus, foi concluído apenas na noite de quarta.
Gilmário Alencar foi assassinado em 2021 (Crédito: Arquivo Pessoal)
O crime - O crime teve como motivação uma dívida de aproximadamente R$ 10 mil que José Henrique tinha com a vítima. Após o homicídio, os réus ainda tentaram extorquir dinheiro da família de Gilmário sob o pretexto de resgate, mesmo sabendo que naquela altura, ele já estava sem vida.
A vítima foi asfixiada até perder os sinais vitais no escritório do lava-jato de José Henrique, que em seguida levou o carro de Gilmário até um posto de gasolina no município de Arapiraca. Ao retornar para o lava-jato, José Henrique verificou que seus funcionários Bruno e Caetano já tinham amarrado a vítima, além de terem subtraído os seus bens.
Ato contínuo, os réus levaram Gilmário para um terreno pertencente à família de José Henrique, localizado na zona rural de Olho D'água das Flores e, ao perceberem um movimento da vítima assemelhado a uma tentativa de respiração, os autores voltaram a asfixiar Gilmário.
Por fim, os executores colocaram o corpo em um tanque, jogaram gasolina, atearam fogo e tamparam o local, fazendo com que se tornasse em uma fornalha, resultando na completa carbonização do corpo. Após a descoberta do local, apenas as cinzas de Gilmário foram encontradas.
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