O ministro dos Transportes, Renan Filho, acredita ser difícil que o trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro saia do papel apenas com recursos privados. O ministro disse ser “cético” quanto a iniciativa privada tomar a liderança em um projeto dessa magnitude que, segundo ele, pode chegar a custar R$ 50 bilhões.
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“No mundo inteiro só se constrói trem-bala, trem rápido, com recurso público. O estado tem que entrar, não é fácil”, disse Renan Filho, nesta segunda-feira (27), no evento Arko Conference 2023, organizado pela empresa de análise política Arko Advice. “Eu torço para que o trem de alta velocidade de São Paulo ande nesse modelo de autorização [do novo Marco Ferroviário], mas sou cético”, acrescentou.
Mas ele ressaltou que, atualmente, o poder público também não tem como arcar com os recursos para desenvolver um projeto ferroviário desse tamanho. “Vale dizer que o trem-bala custa aproximadamente 50 bilhões de reais e que o Brasil investiu, no ano passado, R$ 5,5 bilhões em transportes. Então, o país que investe 5,5 bilhões não pode propriamente liderar a construção do trem-bala”.
Renan filho ressalvou que há uma década o país detinha condições para assumir um projeto ferroviário dessa dimensão. “Quando o trem-bala estava na agenda nacional, diga-se de passagem, este país tinha capacidade de executá-lo. A gente observou que, em 2012, o país investiu R$ 45 bilhões em transportes. Em 2013, o Brasil investiu 30 bilhões”.
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