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Renan Calheiros perde relatoria da CPI da Braskem, deixa comissão e acusa senadores de boicote a ele

Em 21 de Fevereiro de 2024 às 20:42

O sonho de ser indicado relator da Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado Federal, que foi criada por iniciativa dele, acabou nesta quinta-feira para o senador Renan Calheiros (MDB/AL).

Para o cargo de relator pretendido pelo parlamentar alagoano o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD/AM), indicou o senador Rogério Carvalho (PT/SE).

Em represália, Renan não apenas saiu da comissão como acusou de boicote dois senadores baianos, como explica o jornalista Tales Faria:

“Barrado como relator da CPI da Braskem, o líder da maioria no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), disse ao UOL que sofreu boicote de dois senadores da Bahia: o líder do governo, Jaques Wagner (PT), e o líder do PSD, Otto Alencar. A Bahia é o estado da antiga Odebrecht, agora Novonor, controladora da Braskem, que explorava as minas de sal responsáveis pelo afundamento do solo de Maceió.

Renan foi quem teve a ideia e recolheu assinaturas para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito. Ele disse à coluna que o ministro da Casa Civil, Alexandre Padilha, informou ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em reunião, que o governo nada tinha contra a CPI. Wagner estava na reunião, “mas agiu como se não fosse contra”, afirmou Renan.

Wagner o Otto Alencar “atuaram tempo inteiro” contra a CPI, junto com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de acordo com Renan.

Segundo o senador, Pacheco também era favorável à CPI, assim como o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido).

Questionado se não era melhor ter aceitado ficar como vice-presidente do colegiado, Renan argumentou que não haveria espaço para seu trabalho.

Reservadamente, Renan avalia que a Odebrecht já tem o apoio da maioria dos membros da comissão, o que impedirá o aprofundamento das investigações.”

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