Tolhido na sua pretensão de participar mais ativamente do apoio à candidatura do MDB à Prefeitura de Maceió, Renan Calheiros tem se dedicado mais a exercitar seu poder de articulação nos bastidores de Brasília.
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Não é a toa que o senador consta mais uma vez da lista “100 cabeças do Congresso Nacional 2024”, elaborada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, na categoria “formadores de opinião” – os responsáveis por negociações políticas relevantes.
Essa avaliação do DIAP é uma das mais respeitadas do Poder Legislativo, até porque reflete o sentimento dos próprios parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
A ausência de Renan Calheiros no apoio ao deputado Rafael Brito, nome escolhido pelo MDB para concorrer ao cargo de prefeito de Maceió, é na verdade um reconhecimento a uma situação tão incontestável quanto constrangedora: o último prefeito eleito pelo partido na Capital foi Djalma Falcão, no distante ano de 1985.
De lá para cá o MDB só coleciona derrotas no maior colégio eleitoral de Alagoas – perdeu quando lançou candidatura própria ou apoiando nomes de outras legendas.
Contribui para esse distanciamento de Renan Calheiros a circunstância de Rafael Brito ter, a três meses da eleição, mínimas chances de reverter o favoritismo do prefeito João Henrique Caldas, candidato à reeleição pelo PL.
Prevalece nesse caso uma constatação: quando mais longe de eventual derrota, mais distante ele fica do desgaste dela proveniente.
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