A resposta para melhorar a pressão arterial de uma pessoa pode estar na frequência de relações sexuais que o paciente tem, segundo um estudo realizado por pesquisadores chineses. Segundos os cientistas, há uma ligação significativa entre sexo menos frequente e maior mortalidade em pacientes mais jovens e de meia-idade nos EUA.
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O estudo foi realizado com cerca de 4.500 pacientes com diagnóstico de hipertensão obtidos pela Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição, realizada nos EUA entre 2005 e 2014. Pouco mais da metade dos participantes eram do sexo masculino, com idade média de 40 anos.
Os resultados mostraram que os pacientes que praticavam atividade sexual entre 12 e 51 vezes por ano — ou seja, cerca de uma vez por mês a uma vez por semana — corriam um risco significativamente menor de mortalidade por todas as causas do que aqueles que faziam sexo com menos frequência. Este foi o caso mesmo quando outros fatores, como a idade e outras condições médicas, foram tidos em conta.
“Um aumento da frequência da atividade sexual pode ter efeitos protetores na saúde geral e na qualidade de vida dos pacientes hipertensos, e esta descoberta tem significado clínico significativo para pacientes jovens e de meia-idade com hipertensão”, explicou o autor da pesquisa, Jiahua Liang.
Os cientistas, entretanto, afirmam que são necessários mais estudos para comprovar os resultados. Isso porque o grupo de estudo consistia em pacientes mais jovens, o que não deixa claro, se o resultado pode ser o mesmo em idosos, além disso e possível que a prática regular de atividade sexual melhore a saúde do coração, protegendo as pessoas de alguns dos impactos negativos da hipertensão, mas também é possível que as pessoas que o fazem com mais frequência sejam mais saudáveis.
“São necessários estudos bem coordenados e longitudinais para estimar com mais precisão o aumento da frequência sexual na melhoria do prognóstico entre pacientes jovens e de meia-idade com hipertensão, e pesquisas sobre as razões da menor frequência sexual precisam ser mais investigadas no futuro”, os autores escreveram em sua conclusão.
Hipertensão arterial - A hipertensão arterial é frequentemente chamada de “assassino silencioso”, pois frequentemente não causa sintomas. Além do risco muito bem documentado de doenças cardiovasculares, a hipertensão também tem sido associada a danos ao cérebro e aos rins.
Em maio deste ano, o Ministério da Saúde alertou que a taxa de mortalidade por hipertensão arterial atingiu em 2021 o maior patamar da última década. Segundo a pasta, que analisou dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), foram 18,7 óbitos a cada 100 mil habitantes.
Uma alimentação saudável e balanceada e a prática de atividades físicas conseguem ajudar a controlar a pressão arterial, e podem ser suficientes nos casos de hipertensão leve. No entanto, é importante fazer o acompanhamento com o médico, que pode avaliar o caso e recomendar ou não o uso de remédios, que são oferecidos de forma gratuita na rede pública por meio do Programa Farmácia Popular do Brasil (PFPB).
Além disso, um estilo de vida considerado negativo do ponto de vista da saúde, com alimentos ricos em sal, sedentarismo, tabagismo e excesso de álcool são fatores que, além dos genéticos, podem influenciar no surgimento do problema em primeiro lugar.
Prevenção - Para evitar o aparecimento da doença, a pasta recomenda:
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