Contratado há 10 dias pelo CRB, o meia-atacante Alípio foi regularizado no BID da CBF na última quinta (17) e está à disposição do técnico Júnior Rocha para estrear pelo clube na Série B do Campeonato Brasileiro. O jogador mostrou entusiasmo para vestir a camisa alvirrubra na Segundona.
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"Fico muito feliz. Fui bem recebido por todos. Espero poder ajudar o quanto antes. Saí do país muito cedo, adolescente. Passei oito anos na Europa, entre sucessos e insucessos, lesões. Pude voltar ao Brasil e desde então procurado fazer o meu melhor futebol aqui e espero ter grandes atuações no CRB", disse em entrevista no CT Ninho do Galo.
Alípio tem 25 anos e estava no Fortaleza, onde disputou 12 jogos e não balançou as redes. O atleta explicou que o técnico Rogério Ceni ainda contava com ele no elenco, mas afirmou que outras decisões internas e o projeto apresentado pelo CRB pesaram na escolha.
(Foto: Maxwell Oliveira / Ascom CRB)
"Sim, foi uma decisão pessoal minha. [Ceni] Ele me deixou bastante à vontade, apesar de querer contar comigo. Mas por algumas outras situações dentro do clube, preferi tomar essa decisão de vir para o CRB. Principalmente porque as portas aqui foram abertas para mim de uma maneira especial. Então, espero poder retribuir isso da melhor forma dentro de campo".
A adaptação ao estilo de Júnior Rocha não deve ser difícil, já que o meia-atacante foi treinado pelo comandante regatiano em outra temporada.
"Fiz uma boa campanha no Luverdense em 2015. Trabalhei justamente com o Júnior Rocha. Fiz boa campanha ano passado também no Vila Nova. Não estou satisfeito com o que fiz até aqui e é com esse pensamento que venho aqui poder ajudar o clube. É um treinador que exige bastante, principalmente a posse de bola e o controle de jogo. Não é comum no futebol brasileiro".
"Muitos times têm praticado o futebol reativo, ceder a bola ao adversário e esperar o contra-ataque. Foi basicamente o que o Avaí fez contra a gente aqui. É uma maneira de jogar que agrada bastante, mas que precisamos ter o olho aberto porque num contra-ataque, às vezes, podemos ficar numa situação delicada no jogo. Mas ele [Rocha] sempre dá muita liberdade para a gente e muita responsabilidade também, com a bola e sem a bola", analisou.
Veja outros trechos da entrevista.
Camisa 10
"Esse 10 clássico até pela forma tática que os times têm jogado, esse 10 tem sumido. Porque muitos times têm jogado com duas linhas de quatro e dois atacantes. Esse 10 clássico que ficava flutuando pelo meio, até pelo esquema tático utilizado hoje em dia, tem sumido. Não só por conta da raridade da característica".
"Falando de mim, pessoalmente, onde ele [Rocha] me colocar para jogar, vou tentar dar o meu melhor. Tenho características para jogar por dentro ou por fora. Espero ajudar da melhor maneira, independente de onde seja. Estou tranquilo. Tenho feito meu melhor no dia a dia. Assim que acharem necessário, estou à disposição para ajudar".
Elenco do CRB
"A maioria aqui pelo menos já joguei contra. Mas já dividi vestiário com Diogo Matheus, Willians Santana, Diego Rosa, Serginho joguei na Europa, Claudinei no Vila Nova. É um grupo muito bom. Espero fazer uma grande campanha".
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