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Questionada, contratação feita pelo PT em Alagoas ganha repercussão na mídia nacional

Em 30 de Setembro de 2024 às 08:06

Ganhou dimensão nacional a decisão do diretório estadual do PT em Alagoas – presidido pelo ex-vereador e advogado Ricardo Barbosa – de contratar por R$ 399 mil, para as eleições deste ano, o advogado Guilherme Barbosa,  que vem a ser, como o sobrenome está a sugerir, filho de… Ricardo Barbosa.

Reportagem do jornalista Carlos Madeiro é destaque nesta segunda-feira (30) no portal UOL, relatando que o fato causou indignação nas hostes petistas e, inclusive, o desligamento da legenda do advogado Welton Roberto, criminalista muito conhecido no Estado.

“Muito me incomodou saber que mais de 20 advogados que trabalhavam de maneira gratuita e abnegada em 2022 para o presidente Lula em Alagoas foram oportuna, seletiva e injustamente esquecidos neste momento onde os 400 mil reais tiveram destino certo e sabido. Como incomodado sou eu, estou de saída”, justificou Welton.

O jornalista Carlos Madeiro acrescenta:

“O PT alagoano recebeu até a sexta-feira (27) R$ 2,3 milhões do diretório nacional do partido para a campanha no Estado. Desse valor, R$ 1,24 milhão foi repassado a candidatos ou diretórios municipais, e o restante está sendo usado para pagamento de serviços.”

Ex-vereador eleito ainda pelo PSOL, entre 2009 e 2012,

Ricardo Barbosa, que é presidente do PT em Alagoas desde 2017, foi eleito vereador por Maceió, pelo PSOL, com cerca de 400 votos, em 2008, beneficiado pela excelente votação de Heloísa Helena, que obteve mais de 29 mil votos também pelo PSOL – neste ano a ex-senadora e ex-vereadora é candidata a vereadora no Rio de Janeiro, pelo Rede Solidariedade.

Barbosa seria o candidato a prefeito do PT em Maceió em 2024, mas o diretório nacional do partido obrigou a legenda a apoiar a candidatura do deputado federal Rafael Brito (MDB), que aparece até agora como segundo colocado na disputa – atrás do prefeito João Henrique Caldas (PL), que busca a reeleição.

“Espero que isso chegue à direção nacional para verem e entenderem porque o partido não consegue crescer em Alagoas”, disse um militante petista a respeito do episódio, segundo Carlos Madeiro.

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