A família da dona Maria José, de 73 anos, afirmou que a idosa ainda tenta se recuperar emocionalmente após ter sido vítima do erro médico que resultou na amputação de uma das pernas. O filho dela, Elinaldo de Araújo, informou, em coletiva de imprensa na sede da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL), em Jacarecica, na manhã desta terça (02), que os familiares seguem dando apoio à mulher, que está tentando ficar bem e ainda buscando assimilar o que aconteceu com ela.
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A idosa, que deu entrada no HGE após ter sido vítima de acidente, seria submetida a uma cirurgia de correção de fratura no tornozelo, porém, segundo as investigações iniciais, teria tido o prontuário trocado após uma confusão da equipe médica com pacientes de mesmo nome. Ela teve uma das pernas amputadas e agora o caso está sendo investigado pelas autoridades competentes.
"Hoje ela está bem, está aceitando o fato. No início foi complicado e difícil. Ela tem 73 anos de idade e sempre teve uma vida ativa. A família, na medida do possível, também está bem. Porque não é fácil. Estamos assimilando", disse o filho.
"Todos os dias ela fazia a caminhada dela, tinha um grupo de amigos, e eles conversavam. Ela ia na padaria e comprava o seu pãozinho... Então até aceitar, por agora estar em cima de uma cama e dependendo dos outros para se locomover, é complicado", acrescentou Elinaldo.
Ainda de acordo com o filho, a dona Maria José, apesar de toda a tristeza, tenta ficar de bom humor na presença da família. "Hoje está aceitando mais. Ontem estive com ela, ficamos brincando, ela dizendo que não ia deixar de ir na padaria comprar o pãozinho, que ia mesmo de cadeira de rodas, com o chapéu dela. Ela disse que ia comprar o peixe dela. Então estamos dando esse apoio, de estar ao lado dela".
Advogada confirma que família vai processar o Estado - A família da idosa destacou que vai entrar com uma ação de indenização contra o Estado de Alagoas. A informação foi confirmada pela advogada Wanessa Wanderley, em entrevista à TV Pajuçara, após a coletiva de imprensa.
A defesa confirmou também que a família está recebendo toda a assistência do governo após o erro médico, como atendimento de saúde e psicológico. Porém, devido à gravidade do fato, os parentes de Maria José entenderam que devem formalizar o pedido de indenização.
"Como recebemos o prontuário parcial no sábado, na segunda-feira, já apresentei onde estava o erro. O estado já tem conhecimento dessa situação. Existia distinção de enfermaria e leito, e mesmo assim, ocorreu o procedimento", destacou a advogada.
"Os dois nomes iniciais eram iguais, mas os sobrenomes eram distintos. A partir daí, estamos nessas tratativas de reconhecimento do erro do procedimento, desde o administrativo até a execução de fato", finalizou Wanessa Wanderley.
