Um dos pioneiros do chamado "funk ostentação", Daniel Pelegrini, conhecido como MC Daleste, morreu aos 20 anos em cima do palco. O crime ocorreu em Campinas, no interior de São Paulo, em julho de 2013.
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Mais de dez anos depois, a polícia não tem respostas sobre a autoria dos disparos. O Globoplay está no ar com a série documental MC Daleste - Mataram o Pobre Loco, que revela detalhes do crime.
Relembre o caso
MC Daleste foi alvo de um ataque a tiros enquanto se apresentava em uma festa julina no interior de São Paulo. O tiro fatal atingiu o tórax. Mesmo sendo encaminhado por amigos e familiares ao Hospital Municipal de Paulínia, entubado e levado à mesa de cirurgia, Daleste não resistiu aos ferimentos.
O crime foi registrado tanto por fãs que acompanhavam o show, quanto por colaboradores que estavam no palco. As imagens mostram o momento em que ele é baleado e cai no palco durante a apresentação. Mesmo com registros de vários ângulos, a polícia não conseguiu identificar o autor do disparo fatal.
Segundo o Instituto de Criminalística, os tiros que mataram o MC foram feitos a uma distância de 40 metros, a partir de uma casa em construção à época. Além do tiro fatal, que acertou pulmão, estômago e fígado, poucos minutos antes um outro disparo havia atingido o cantor de raspão, na axila direita, mesmo assim o show continuou.
Na ocasião, as hipóteses trabalhadas pela polícia giraram em torno de crime passional, ideia negada pela família, e desavença com o contratante do show. Nenhuma das linhas de investigação rendeu provas suficientes para seguir com as diligências.
Segundo informações da Polícia Militar na ocasião, um veículo vermelho sem placa de identificação deixou o local com um indivíduo armado, mas nenhuma informação adicional foi obtida ao longo das investigações.
Os inquéritos do crime foram transferidos para a capital, sob a responsabilidade do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em 2014. Apesar da mudança, as investigações foram encerradas sem conclusão dois anos depois, em junho de 2016, pela Secretaria de Segurança Pública (SSP).
A família de MC Daleste chegou a solicitar a reabertura do inquérito em 2020, mas o pedido não foi aceito pela ausência de informações que pudessem ser relevantes ao caso.