O brasileiro Rodrigo Raineri, morto durante um acidente de parapente no Paquistão, era um montanhista experiente, que compartilhava suas aventuras e momentos com a família nas redes sociais.
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Rodrigo tinha 55 anos. Ele havia feito aniversário no início de maio e comemorou com um voo na Serra do Itaqueri, em São Paulo. ''Não tem como não agradecer pela maravilhosa vida que Deus me proporciona'', escreveu no Instagram.
''Apaixonado por viagens, natureza e tecnologia'', era como se descrevia. Na internet, ele mostrava as viagens e as aventuras de parapente.
"No Teto do Mundo" e "Rumo ao topo", eram descrições que apareciam no perfil dele nas redes sociais. Rodrigo fez até transmissão ao vivo para seus seguidores durante um voo.
Ele era CEO de uma startup que une tecnologia e turismo. A empresa Destinos Inteligentes fornecia aos clientes um sistema de gestão de informações turísticas e de eventos.
Rodrigo também já foi professor universitário de Engenharia. Atualmente, além do trabalho como alpinista, ele também dava palestras motivacionais. Uma das mais recentes foi para os educadores da Rede Adventista de Educação do Nordeste.
O alpinista era casado e tinha um filho. ''Talita, eu te amo. Se vocês estivessem aqui, iriam entender como é bonito e incrível'', disse em vídeo publicado há três dias durante um voo em Karimad, no Paquistão, onde mostrava a vista das montanhas.
VIAGEM PARA O PAQUISTÃO - Rodrigo estava desde junho no país asiático. Com ele, estavam outros atletas do mundo do alpinismo. ''Ainda assim humildes, sempre dispostos a ajudar e ensinar, em um clima incrível de camaradagem'', contou ao agradecer os colegas.
Nos voos no Paquistão, o brasileiro bateu o recorde pessoal de 6 mil metros de altitude. ''Sigo firme rumo aos voos mais altos do planeta. Até que altitude conseguirei chegar voando sem oxigênio?'', compartilhou.
Rodrigo relatou que a jornada no local não estava sendo fácil. ''Acho que foi o voo mais sofrido da minha vida, mas é assim, se a gente não se esforçar ao máximo, não chegamos lá'', acrescentou.
ACIDENTE DE PARAPENTE - Rodrigo integrava um grupo de sete pessoas que seguiam para o acampamento base do K2. No entanto, foi o único que decidiu praticar parapente.
Quando ele começou a voar, o paraquedas rompeu e ele caiu. A informação foi confirmada à AFP por um porta-voz da polícia local, Muhammad Nazir, de Shigar, área do acidente.
Ele foi o quarto estrangeiro que morreu nesta região turística do Paquistão em um mês. O norte do Paquistão, com paisagens deslumbrantes, incluindo o K2, a segunda maior montanha do mundo, atrai turistas de todo o mundo.
O corpo foi recuperado e será repatriado ao Brasil após contato com a família. A equipe também incluía duas pessoas da França, duas dos Estados Unidos, uma da Bulgária e uma da Suíça.
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