Quem é Pedro Lourenço, futuro dono da SAF do Cruzeiro, e de onde vem seu dinheiro

Publicado em 29/04/2024, às 14h21
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Por Extra Online

O torcedor cruzeirense começou a semana cercado de expectativa. Nesta segunda, o empresário Pedro Lourenço irá se reunir com Ronaldo Fenômeno, dono da SAF celeste, para concretizar a transferência dos 90% da propriedade do futebol do clube. De acordo com a Rádio Itatiaia, o valor total da negociação é de R$ 600 milhões. Mas, afinal de contas, quem é ele e de onde vem seu poder financeiro?

A torcida do Cruzeiro já está mais do que acostumada a ouvir falar no nome de Pedro Lourenço. É torcedor declarado e conselheiro do clube associativo. Uma relação movida ao seu poder de injetar dinheiro.

Através da rede de supermercados BH, de sua propriedade, Lourenço se tornou um dos principais parceiros do clube na década passada. Desde então, pôs dinheiro através de empréstimos, aquisição de jogadores e publicidade (foi patrocinador master do Cruzeiro entre 2020 e 2022).

Na era SAF, o panorama não mudou. Pedrinho BH, como também é conhecido, se aproximou de Ronaldo e mostrou-se não só um parceiro financeiro como político. Foi ele quem fez a ponte entre a SAF e o Mineirão, relação marcada por atritos no começo da atual gestão.

Além disso, bancou as obras da reforma do CT Toca da Raposa II, orçadas em mais de R$ 6 milhões, e investiu R$ 100 milhões na SAF por meio de "debêntures conversíveis". Na época, já havia o aceno de que este valor poderia ser convertido em 20% das ações, o que se confirma agora.

Aos 68 anos, Pedrinho é um dos principais empresários do país do ramo de supermercados. Com a primeira loja inaugurada em 1996, a rede BH hoje é a quinta maior do Brasil, segundo o ranking da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). Seu faturamento subiu de R$ 11 bilhões em 2021 para R$ 17,3 bilhões em 2023.

Atualmente, os Supermercados BH contam com mais de 300 lojas nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e possuem 35 mil empregados. Além de outros tipos de imóveis e postos de gasolina, adquiridos em 2020.

O Supermercados BH é o 2º maior credor da dívida cruzeirense. Tem R$ 28,8 milhões a receber. Este valor só fica atrás dos R$ 43,2 milhões devidos ao Banco BMG.

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