Quadrinistas que, em algum momento, fizeram parte da criação dos X-Men se reuniram em um dos painéis da Comic Con 2018 desta sexta-feira (7). A maior parte deles teve contato direto com Jack Kirby (1917-1994) e Stan Lee, que morreu no dia 12 de novembro, aos 95 anos em Los Angeles.
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Eles ainda falaram da importância que esses personagens Mutantes, também criados por Lee na década de 1960, podem ter na vida de um adolescente. O americano John Romita Jr. lembrou da época em que ainda era adolescente e acompanhava o trabalho de seu pai, também quadrinista na Marvel.
"A primeira vez que vi Stan Lee ele estava explicando uma nova história do Homem-Aranha ao meu pai, pulando e se gesticulando de um lado para o outro enquanto meu pai tomava nota de tudo. A partir daí, eu sempre encontrava com ele, mas ele sempre me chamava de 'menino', porque nunca lembrava meu nome", disse Romita Jr., que leva o mesmo nome de seu pai.
Joe Rubinstein completou: "Ele realmente falava pulando de um lado para o outro, e quando sentava na cadeira, destruía os óculos que tinha deixado lá, e então gritava para a sua secretária: 'Arrume um novo par de óculos, por favor'", brincou o quadrinista.
A história mais engraçada, no entanto, foi de Scott Lodbell. "Ele me chamava de 'velho Scott', sim, ele lembrava o meu nome, e veio me contar que foi na pré-estreia de 'Titanic' e que o James Cameron [diretor do filme] me chamou para o palco. Acho que as pessoas ficaram imaginando quem era aquele velho homem ao lado de James".
Lodbell lembra que não perdeu a piada e respondeu a Lee que as pessoas, com certeza, achavam que ele era o sobrevivente mais velho do Titanic. "Ele respondeu, 'seu filho da puta, muito bom, vou usar isso".
Mutantes na vida moderna
Os X-Men foram criados na década de 1960 e as histórias são bastante relacionadas à Segunda Guerra Mundial e ao nazismo, luta contra o preconceito de gêneros e crenças. Para os quadrinistas que já passaram pelos quadrinhos, as histórias continuam sendo uma boa motivação aos jovens.
"Imagine que você é um adolescente que não está entendendo que está acontecendo com você e, de repente, você descobre que tem poderes. Não é muito diferente do jovem comum, que está em busca de encontrar os seus iguais, os seus grupos", reflete John Cassady.
"Encontre a sua própria espécie e, assim, juntos, vocês serão mais fortes", completa Rubinstein, reforçando a ideologia dos quadrinhos.
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