Documento diz que há provas suficientes de que Cunha recebeu propina da Petrobras (Crédito: Agência Câmara)
O Psol apresenta nesta terça-feira (13) o pedido de cassação do mandato do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por quebra de decoro parlamentar.
O partido defende que Cunha não tem mais condições políticas e éticas de se manter no cargo após as denúncias de suposto envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.
O documento argumenta que existem provas suficientes de que Cunha recebeu propina da Petrobras. Além disso, o Psol afirma que o presidente da Casa mentiu ao declarar na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras que não tinha contas bancárias fora do País.
No começo do mês a Suíça congelou, aproximadamente, US$ 5 milhões em ativos em nome de Cunha e de seus parentes. O valor corresponde a pouco mais de R$ 20 milhões segundo a cotação atual do dólar.
As quatro contas do parlamentar no país receberam mais de R$ 23 milhões, segundo o Ministério Público. Uma delas, em nome da mulher de Eduardo Cunha, a jornalista Cláudia Cordeiro, recebeu 12 repasses totalizando R$ 3,9 milhões e foi usada para pagar cursos de inglês, um MBA para a filha de Cunha na Espanha e até aulas de tênis na Flórida no valor de R$ 220 mil.
Cunha já foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O caso está sendo analisado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Em julho, o lobista Júlio Camargo afirmou que que Cunha recebeu US$ 5 milhões por contratos de aluguel de navios-sonda da Petrobras. O valor foi confirmado em setembro durante delação premiada por Fernando Baiano, operador do PMDB (partido de Cunha) no esquema investigado na Operação Lava Jato.
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