Psol apresenta pedido de cassação de Cunha no Conselho de Ética da Câmara

Publicado em 13/10/2015, às 16h41
Imagem Psol apresenta pedido de cassação de Cunha no Conselho de Ética da Câmara

Por Redação

Documento diz que há provas suficientes de que Cunha recebeu propina da Petrobras (Crédito: Agência Câmara)

Documento diz que há provas suficientes de que Cunha recebeu propina da Petrobras (Crédito: Agência Câmara)

O Psol apresenta nesta terça-feira (13) o pedido de cassação do mandato do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por quebra de decoro parlamentar.

O partido defende que Cunha não tem mais condições políticas e éticas de se manter no cargo após as denúncias de suposto envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.

O documento argumenta que existem provas suficientes de que Cunha recebeu propina da Petrobras. Além disso, o Psol afirma que o presidente da Casa mentiu ao declarar na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras que não tinha contas bancárias fora do País.

No começo do mês a Suíça congelou, aproximadamente, US$ 5 milhões em ativos em nome de Cunha e de seus parentes. O valor corresponde a pouco mais de R$ 20 milhões segundo a cotação atual do dólar.

As quatro contas do parlamentar no país receberam mais de R$ 23 milhões, segundo o Ministério Público. Uma delas, em nome da mulher de Eduardo Cunha, a jornalista Cláudia Cordeiro, recebeu 12 repasses totalizando R$ 3,9 milhões e foi usada para pagar cursos de inglês, um MBA para a filha de Cunha na Espanha e até aulas de tênis na Flórida no valor de R$ 220 mil.

Cunha já foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O caso está sendo analisado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Em julho, o lobista Júlio Camargo afirmou que que Cunha recebeu US$ 5 milhões por contratos de aluguel de navios-sonda da Petrobras. O valor foi confirmado em setembro durante delação premiada por Fernando Baiano, operador do PMDB (partido de Cunha) no esquema investigado na Operação Lava Jato.


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