Promotor quer condenação por três crimes para réu em assassinato em 2004

Publicado em 20/07/2016, às 10h41

Por Redação

O promotor de Justiça Carlos Davi Lopes, que atua no julgamento da morte do servente de pedreiro Carlos Roberto Rocha Santos, em 2004, nesta quarta (20), pretende pedir a condenação do réu Rogério de Menezes Vasconcelos por homicídio duplamente qualificado, sequestro e associação criminosa.

Rogério é apontado pela promotoria como autor intelectual do crime, encomendado pelo ex-cabo PM Luiz Pedro. Segundo o promotor, Rogério intermediou a ordem entre o mandante e um dos executores, que eram vigilantes e atuavam no bairro onde morava a vítima, o Clima Bom, em Maceió. Rogério era líder comunitário na região.

O promotor comentou, antes do júri, que o réu, assim como os demais acusados no crime, fariam parte de uma organização criminosa, com hierarquia e divisões bem definidas de tarefas. “Cada qual desempenhava uma função nessa organização criminosa”, declarou.

Carlos Davi ainda classificou como misterioso o sumiço dos restos mortais da vítima do prédio do Instituto Médico Legal, mas não confirmou se a organização foi responsável pelo desaparecimento. “Temos fotografias desse corpo no IML, mas misteriosamente sumiu e até hoje não se sabe onde estão os restos mortais”, disse.

O caso

De acordo com os autos, na madrugada de 12 de agosto de 2014, Carlos Roberto estava em casa, no bairro Clima Bom, na companhia da esposa, quando quatro homens invadiram o local e o sequestraram. Posteriormente, efetuaram diversos disparos contra a vítima, que não resistiu aos ferimentos.    

Segundo o MP/AL, a morte do servente de pedreiro ocorreu porque ele não teria se dobrado às arbitrariedades e caprichos do esquadrão. Os quatro homens que foram denunciados como autores materiais do crime foram Adézio Rodrigues Nogueira, Laércio Pereira de Barros, Naélson Osmar Vasconcelos de Melo e Leoni Lima. Os réus já foram julgados e condenados em dezembro de 2008.

Já o réu Rogério de Menezes, que, de acordo com o Ministério Público, integrava “de forma estável e permanente” a quadrilha, nutria sentimento de represália contra a vítima, o que teria contribuído para a execução do crime por parte dos demais membros do grupo.

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