Um promotor de eventos de 31 anos levou mais de 30 pontos no rosto após ser agredido com uma garrafa de vidro dentro de um bar no bairro Bela Vista, Centro de São Paulo. Um boletim de ocorrência por lesão corporal foi registrado e o caso é investigado pela Polícia Civil.
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Ao g1, Leandro Oliveira Paes relatou que estava no bar com os amigos no dia 27 de setembro quando, ao ir embora, um rapaz desconhecido passou por ele embriagado e o tentou agarrar.
Após tentar afastá-lo, o homem pegou uma garrafa de cerveja de 600 ml e atirou na direção do seu rosto. Em seguida, o agressor fugiu do local, relata Leandro.
"Até hoje não sei quem é o agressor. Eu fiquei todo ensanguentado, com vidros no maxilar e olho. O rapaz saiu rápido do local e fugiu. No local não tinha segurança para detê-lo. Eu tive ajuda de algumas pessoas que estavam lá. Eles me levaram para lado de fora e fiquei sentado em uma cadeira. Estava perdendo muito sangue devido ao corte profundo. Desmaei algumas vezes ate a ambulância chegar e me levar para a Hospital Santa Casa".
"Eu fui atendido e levei mais de 30 pontos no rosto. Por milagre não fiquei cego, pois pegou na ponta do olho. Ainda estou sem acreditar. Estou indignado e triste com tudo isso. Ele [o agressor] saiu como se nada tivesse acontecido. Achei um absurdo isso", ressaltou.
Ainda conforme o promotor de eventos, ele registrou boletim de ocorrência e quer que a pessoa que o agrediu responda pela agressão.
"Entrei em contato com o estabelecimento para ter acesso às câmeras para identificar o agressor e ele ser punido diante dessa brutal violência. Ainda não tive acesso à totalidade das imagens. Eu só quero Justiça e meus direitos. A casa [bar] nem faz revista e o cara poderia estar armado".
"Estou passando por psiquiatra. Isso tudo me dando crise de ansiedade e minha autoestima não está boa. Eu sou promotor de eventos, mas no momento estou sem trabalhar. Eu ia começar um novo trabalho, mas perdi por causa disso. Tudo isso prejudicou minha vida. Eu só quero Justiça. Vou ficar com cicatriz no rosto", afirmou ao g1.
Investigação
O caso passou a ser investigado pelo 5º Distrito Policial. No boletim de ocorrência, o delegado orienta que Leandro tem um prazo de seis meses para a representação criminal. Ele também pediu exame pericial no Instituto Médico Legal (IML).
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que o caso foi registrado como lesão corporal na Delegacia Eletrônica e encaminhado ao 5º Distrito Policial (Aclimação).
"A autoridade policial tenta localizar a vítima para ouvi-la. Por se tratar de um crime de ação penal condicionada, a vítima precisa manifestar interesse em representar criminalmente contra o autor para que a investigação prossiga. A Polícia Civil segue à disposição".
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