Promotor chama testemunhas de defesa de Luiz Pedro de mentirosas

Publicado em 24/09/2015, às 09h51
Imagem Promotor chama testemunhas de defesa de Luiz Pedro de mentirosas

Por Redação

Sebastião Pereira se emocionou durante o júri (Crédito: TNH1 / Erik Maia)

Sebastião Pereira se emocionou durante o júri (Crédito: TNH1 / Erik Maia)

O promotor de Justiça Carlos Davi Lopes, que faz a acusação do ex-vereador, ex-deputado e ex-militar Luiz Pedro, pelo assassinato de Carlos Roberto Rocha dos Santos, em 2004, acusou as testemunhas de defesa de terem mentido no julgamento, nessa quarta-feira (23).

Durante a sustentação oral, ele citou os depoimento dados ontem, inclusive por acusados de terem participação no crime, e classificou todos como falsos. “As testemunhas de defesa vieram para cá fazer a banca de acusação, a família do Carlos Roberto, o plenário e o magistrado de idiotas. Mentiram descaradamente durante seus depoimentos”, declarou.

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Uma contradição entre o depoimento de um dos condenados pela execução do assassinato e a fala do próprio Luiz Pedro ao júri foi citada pelo promotor. O depoente disse que, quando soube que havia pessoas com a intenção de matar o servente de pedreiro Carlos Roberto, foi avisar a Luiz Pedro, que teria se manifestado contrário ao crime.

Já o réu disse que soube do assassinato por meio das notícias veiculadas na imprensa, na época.

Provas

Carlos Davi afirmou, ainda na sustentação, que todas as provas e testemunhos apontam o ex-deputado como autor intelectual do assassinato de Carlos Roberto, porque a vítima era usuária de drogas, comportamento não aceito na comunidade que seria liderada por Luiz Pedro.

Ele ainda comentou a presença de pessoas no plenário com camisas estampadas com frases em apoio ao réu, classificando o ato como reflexo do “coronelismo” que seria exercido pelo ex-militar.

Em seguida, foi passada a palavra ao advogado assistente de acusação, João Uchôa, que comparou as pessoas que vestem a camisa em apoio a Luiz Pedro como “gado marcado”. “Ele assistia comunidades carentes, construía escolas, postos de saúde. Mas "escreveu, não leu, o pau comeu". O número de pessoas que dependem dele é fruto da ausência do Estado”, comentou.

Durante as falas iniciais dessa quinta-feira, o pai da vítima, Sebastião Pereira, levantou-se a pedido do promotor e chorou, emocionado. A intenção da acusação foi mostrar o aspecto cansado de Sebastião.


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