O professor de Educação Física, de 61 anos, denunciado por supostamente assediar estudantes está sendo afastado da Escola Estadual Jornalista Lafaiette Belo, situada no bairro Benedito Bentes, na parte alta de Maceió. O educador será afastado nesta terça-feira (03) em consequência de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), informou a Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Familiares de uma das alunas procuraram a direção da escola, a polícia e o Conselho Tutelar para denunciar o caso de assédio. O crime contra essa menor teria sido praticado no dia 30 de julho, por volta das 16h, mas só foi registrado na Polícia Civil no dia 08 de agosto.
LEIA TAMBÉM
Ao TNH1, a Seduc disse que o professor será comunicado oficialmente, hoje (03), da decisão da gestão da escola, que abriu Processo Administrativo Disciplinar em desfavor do servidor, suspeito de cometer o crime de assédio, afastando-o, preventivamente, pelo período de 60 dias. Mais cedo, uma reportagem sobre o caso foi postada no portal, que foi procurado pela mãe de uma das vítimas.
"A gestão da unidade de ensino segue à disposição das autoridades policiais, a fim de contribuir com as investigações, já dispensando especial atenção às alunas que denunciaram os atos, bem como aos seus familiares, por meio do programa Escola do Coração, que reúne psicólogos e assistentes sociais, responsáveis por diversas ações voltadas à educação socioemocional dos estudantes", traz a nota enviada pelo órgão.
Professor ensinava e simulava práticas sexuais, diz denúncia
O pai de uma aluna de 13 anos procurou a Delegacia de Combate aos Crimes Contra a Criança e ao Adolescente, na Jatiúca, para registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.). O TNH1 teve acesso ao documento, no qual o homem diz que desde o início do ano letivo o professor praticava assédio contra estudantes. À polícia, o pai relatou que a filha foi tirar uma dúvida referente à atividade escolar com o professor e que ele respondeu que "se quisesse ser mulher dele tiraria qualquer dúvida". Ainda no B.O., o pai disse que o professor "fixa olhar nas partes íntimas" da menina e que durante as aulas "ensina e simula práticas sexuais".
A reportagem tentou falar com o professor, mas não conseguiu contato, deixando espaço aberto para um eventual posicionamento.