O professor do atleta Anderson de Melo Andrade, de 35 anos, que morreu no Hospital Geral do Estado (HGE) após ser atropelado por um carro desgovernado, na manhã do último sábado, 26, em um trecho da BR-104, em frente ao complexo prisional, enquanto corria, gravou um vídeo para pedir justiça. Evandson Melo, que treinava Anderson Andrade, fez um alerta para que a morte de Anderson não seja tratada pelas autoridades como "mais um caso qualquer".
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"A gente sabe que o autor desse crime estava embriagado, uma pessoa que não tem habilitação, já está solto, o que a gente quer mesmo é justiça para esse caso do Anderson, que seja feita de maneira correta, porque a gente não pode tratar esse caso como mais um caso qualquer. Foi uma vida que foi tirada por uma pessoa irresponsável, por uma pessoa que estava dirigindo embriagada, em plenas festas, uma coisa que foi muito focada pela imprensa, todas as redes sociais falam muito sobre isso, que quem dirigir não beba, e no primeiro dia desse feriado prolongado acontece isso. Na próxima semana essa pessoa vai estar aí novamente, fazendo o que estava fazendo, bebendo, dirigindo e colocando outras pessoas em risco", disse Evandson.
Segundo ele, Anderson treinava sempre naquela região. "inclusive sempre procurava o local mais seguro, e roupa que chamava atenção, e no sentido contra os carros, para facilitar a visão, e no horário que havia pouco fluxo de veículos", ressaltou Evandson.
O motorista do veículo Peugeot 207, de placas OXN-7807, não é habilitado e teria dormido ao volante. Ele perdeu o controle do veículo, o carro capotou e atingiu Anderson, que corria na direção contrária. A suspeita é de que ele estaria embriagado. No momento do acidente, ele se recusou a fazer o teste do bafômetro. De acordo com informações da polícia, o condutor do Peugeot foi atuado em flagrante pela prática de lesão corporal culposa ao dirigir veículo automotor e por não ter habilitação. Ele pagou fiança no valor de dois salários mínimos e foi liberado.
Veja o momento do acidente:
Anderson de Melo Andrade morreu na manhã do último domingo, 27, um dia após ser atropelado, no HGE, para onde foi levado em estado gravíssimo. Ele deixa quatro filhos e um neto.