Fechado há 20 anos, o Produban, banco oficial do estado de Alagoas, está prestes a ser vendido para a Caixa Econômica. A informação foi publicada em matéria deste sábado (12) do portal O Globo.
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Segundo a reportagem, a Caixa Econômica é a instituição que está com negociações mais avançadas, já apresentou proposta de compra, mas não é a única interessada, de acordo com a Secretaria de Estado da Fazenda.
A Caixa, porém, é vista como a mais forte candidata porque já administra a folha de pagamento do funcionalismo alagoano, cujo contrato vence em dezembro.
A massa falida do Produban foi estimada recentemente por Renan Filho em R$ 350 milhões. Quem arrematar ficará com a movimentação da folha de pagamento e da arrecadação do estado. A folha líquida de servidores ativos e inativos de Alagoas é de cerca de R$ 240 milhões mensais.
Em agosto, os bancos Itaú, Bradesco e Santander foram chamados para negociar e avisados que o banco seria vendido em leilão até dezembro, mas a assessoria da Secretaria da Fazenda teria dito ao jornal que, com o vencimento do contrato da folha em dezembro, não há mais tempo hábil leilão — portanto, a venda direta é a opção mais viável.
O Produban foi liquidado pelo Banco Central em 1997 e ganhou o noticiário nacional após levar um calote de US$ 76 milhões, sobretudo de usineiros, e derramar no mercado títulos podres, esquema considerado fraudulento pelo BC.
Perguntada sobre bases e valores da operação com o Produban, a Caixa informou ao O Globo que não comentaria. O banco não divulga a agenda de sua diretoria, alegando questões de “natureza concorrencial”.
Os ativos e passivos do Produban, auditados pela Fundação Getúlio Vargas, valeriam R$ 550 milhões. Em Maceió, segundo a imprensa local, fala-se entre R$ 200 milhões e R$ 410 milhões. Há poucos dias, Renan Filho disse esperar receber mais de R$ 350 milhões, mas destacou que “o que os alagoanos precisam saber” é que o dinheiro será investido em saúde, educação, segurança e estradas.
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