Por Revista Monet
O vocalista Steven Tyler negou as acusações de que agrediu sexualmente uma jovem de 16 anos em 1973 e a forçou a fazer um aborto. O músico de "Dream On" apresentou uma resposta às acusações, que foram feitas em um processo de dezembro de 2022, argumentando que a mulher em questão consentiu em seu relacionamento sexual e que ele tinha imunidade como seu tutor legal na época, de acordo com documentos obtidos pela Rolling Stone.
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Tyler, agora com 75 anos, também pediu o arquivamento do processo, citando 24 defesas afirmativas negando as acusações. O cantor também alegou que a vítima, Julia Misley, anteriormente conhecida como Julia Holcomb, “não sofreu nenhum ferimento ou dano como resultado de qualquer ação do réu”.
Além disso, ele observou que “se for determinado que a acusadora foi ferida, então tais danos não foram causados pelo Réu”.
A resposta vem três meses depois que Julia acusou o roqueiro de abuso sexual, agressão sexual e também alegou que ele a forçou a fazer um aborto durante o relacionamento deles na década de 1970. Tyler a teria "coagido e persuadido" a acreditar que eles tiveram "um caso de amor romântico" - que começou quando ela tinha 16 anos e ele 25, revelam os documentos judiciais.
Embora ela não o tenha mencionado diretamente no processo, a acusadora falou publicamente sobre seu relacionamento com Tyler ao longo dos anos. O músico também admitiu em seu livro de memórias, 'Does the Noise in My Head Bother You?', ter um relacionamento com uma garota de 16 anos, então não identificada.
Na verdade, ele revelou no livro que “quase tomou uma noiva adolescente” porque “os pais dela se apaixonaram por mim [e] assinaram um papel para que eu tivesse a custódia, para que eu não fosse preso se a levasse para sair do Estado".
Em seu processo - que foi aberto apenas alguns dias antes do prazo de prescrição para denúncias de crimes de abuso sexual infantil expirar - Julia disse que o roqueiro "praticou vários atos de conduta sexual criminosa sobre" ela depois de se encontrar em um show do Aerosmith em Portland. Ela afirma também que Tyler conseguiu convencer sua mãe a permitir que ele se tornasse seu tutor legal em 1975, depois de levá-la de avião para várias cidades onde ele estava em turnê e realizando os mesmos atos sexuais.
No entanto, Julia disse que não foi cuidada da maneira que Tyler havia prometido, alegando que ele “continuou a viajar, agredir e fornecer álcool e drogas” a ela. Ela também alegou que ele eventualmente a engravidou, de acordo com os documentos do tribunal, e a forçou a fazer um aborto, caso contrário ele não ficaria mais junto dela e não prestaria nenhum suporte.
O advogado da vítima, Jeff Anderson, criticou o processo do roqueiro, dizendo que ele está usando “uma tutela legal falsa para evitar processos por crimes sexuais”. “Ele está causando mais dor em Julia e a manipulando ao alegar falsamente que ela ‘consentiu’ e que a dor que ele infligiu foi ‘justificada e de boa fé'”, disse ele em comunicado à Rolling Stone.
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