Probióticos podem minimizar o mau hálito?

Publicado em 19/07/2023, às 18h11
wayhomestudio/Freepik/Divulgação
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Por Veja Saúde

A halitose, popularmente conhecida como mau hálito, é uma condição enfrentada por 1/3 da população mundial.

Só no Brasil, 50 milhões de pessoas são afetadas por esse problema, que apresenta sintomas como odor desagradável, boca seca, gosto ruim na boca e saburra (camada esbranquiçada ou amarelada na língua).

Ela pode ter origem em outros órgãos, como o estômago, mas vem principalmente da cavidade oral.

Os tratamentos são variados, desde a indicação para melhorar a higiene bucal, estimular a produção de saliva, consultas frequentes ao dentista, remoção de tártaro e da placa bacteriana e procedimentos para acabar com as doenças periodontais.

Recentemente, uma meta-análise publicada no periódico BMJ Open avaliou se os probióticos poderiam minimizar os incômodos.

Os probióticos são micro-organismos vivos, como bactérias ou leveduras, encontrados naturalmente no trato gastrointestinal e/ou obtidos por meio de alimentos. Eles podem trazer benefícios à saúde quando consumidos com frequência e em quantidades adequadas.

O estudo, realizado com um bancos de dados indexados até fevereiro de 2021, comparou probióticos com placebos (substância sem efeito) e avaliou níveis de enxofre e propriedades organolépticas (os sentidos do ser humano, como odor), revestimento da língua e índice de placa bacteriana.

A análise foi feita em períodos diferentes, antes e depois de quatro semanas. Tanto para as propriedades organolépticas quanto para os níveis voláteis de enxofre, os probióticos minimizam a halitose a curto prazo.

Em longo prazo, eles se mostraram eficazes apenas para as propriedades organolépticas.

De acordo com os resultados deste trabalho, parece que os probióticos (por exemplo, Lactobacillus salivariusLactobacillus reuteriStreptococcus salivarius e Weissella cibaria) podem aliviar a halitose em curto prazo.

Mas, segundo os pesquisadores, os dados ainda são limitados e são necessários outros estudos para avaliar o impacto dos probióticos.

Para quem sofre com a halitose ideal é visitar o seu dentista a cada três meses ou de acordo com a orientação dele. Afinal, uma pessoa pode até usar o probiótico, mas se tiver tártaro, por exemplo, e não houver a remoção, o mau hálito vai continuar.

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