Contextualizando

Presidente Lula intervém junto a Renan e Lira e reunião de instalação da CPI da Braskem está adiada

Em 12 de Dezembro de 2023 às 16:40

Está adiado, pelo menos momentaneamente, o sonho do senador Renan Calheiros de funcionamento da Comissão Parlamentar de Inquérito, proposta por ele, para investigar o desastre ambiental em Maceió, provocado pela Braskem.

O presidente Lula interveio, numa conversa que teve nesta manhã com o próprio Renan e o deputado Arthur Lira, e a reunião de instalação da CPI da Braskem, anunciada para hoje, está adiada.

É o que revela o jornalista Wesley Oliveira:

“O Senado adiou a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, que estava prevista para esta terça-feira, 12. O adiamento ocorre depois de um encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o senador Renan Calheiros (MDB/AL), autor do requerimento do colegiado, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL).

Como noticiamos, Lula tenta evitar a instalação do colegiado que pretende investigar a Braskem, empresa acusada de ser responsável pelo afundamento do solo em Maceió. A CPI, no entanto, é vista pelo governo como uma forma de nacionalizar a crise regional e ampliar a disputa política entre Calheiros e Lira.

O colegiado já tem quase todos os 11 titulares e sete suplentes definidos. Além de Calheiros, os demais senadores de Alagoas estão na CPI: Rodrigo Cunha (Podemos) e Fernando Farias (MDB).

Mais cedo, o senador Otto Alencar (PSD-BA) afirmou que a instalação dependeria do que fosse discutido em reunião no Planalto. Por ser o senador mais velho da CPI, cabe a ele instalar e comandar a primeira reunião antes da oficialização do presidente do colegiado.

Durante o encontro de Lula com Lira e Calheiros, o petista pediu moderação entres os políticos da região e ofereceu o governo federal para ser o intermediador de uma solução para o imbróglio.

Apesar do adiamento, o grupo político de Calheiros diz que o colegiado será instalado ainda nesta quarta-feira, 13. Líderes partidários, no entanto, avaliam que o prazo é ‘inviável’, pois os senadores vão dar prioridade para a sabatina de Flávio Dino na Comissão de Constituição e Justiça.”

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