Em entrevista exclusiva à Rádio Pajuçara FM Maceió o prefeito de Maceió, Rui Palmeira, afirmou que a reunião marcada para acontecer nesta sexta-feira (9) deverá servir de parâmetro inicial para orientar o Município sobre quais áreas deverão ser evacuadas e quais poderão de reocupadas nos bairros afetados pela movimentação de terreno iniciada em 2016.
LEIA TAMBÉM
Palmeira reforçou, durante entrevista concedida ao radialista Hélio Góes, no programa Pajuçara da Gente, com o apresentador Wilson Júnior, que a divulgação do laudo da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), confirmou as causas do afundamento e deve apontar com exatidão as áreas de risco no Pinheiro e região.
“Amanhã a gente começa essa discussão com a Defesa Civil Nacional, a CPRM e nossa Defesa Civil, para, num primeiro momento, evitar qualquer tipo de tragédia. Saber quais são as áreas de risco, o que precisa ser evacuado e o que pode ser reocupado”, afirmou.
O prefeito disse ainda que o Município começou a trabalhar no bairro para tamponar as fendas e fissuras abertas nas ruas e assim minimizar os efeitos causados pelo escoamento de águas pluviais.
“A gente não podia nem fazer o tamponamento das rachaduras a pedido da CPRM, mas agora, com o laudo, já estamos trabalhando no local para evitar danos causados pela drenagem, que quando acontece, a água passa levando muita areia, o que agrava essa situação”, explica.
Obras
Rui Palmeira informou que deverá ir a Brasília para pedir a liberação de recursos para a realização de macrodrenagem no bairro, além de outras obras estruturais. Além disso, o prefeito reafirmou que o município deverá pedir o ressarcimento à empresa apontada como causadora dos problemas, a Braskem.
“O município precisa de uma obra de macrodrenagem, que é cara. O projeto já está pronto e foi apresentado, no mês passado, ao Ministério do Desenvolvimento. Solicitamos agenda em Brasília onde iremos pedir recursos para realizar essas obras”.
Rui explicou que a Braskem também deverá ser cobrada, uma vez que foi apontada nos laudos da CPRM como causadora dos problemas devido ao desmoronamento de cavernas de extração de sal-gema.
“O poço que mais cedeu é o que está parado em 1987, então precisamos ouvir os especialistas, porque parar um poço, como vimos ontem na apresentação do laudo, não é um processo simples. Estamos procurando soluções de engenharia para o bairro, que não são baratas, mas a partir do momento em que temos a Braskem identificada como causadora, vamos cobrar dela o ressarcimento por essas soluções”, reafirmou.
LEIA MAIS
+Lidas