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Posição do braço pode fazer exame acusar pressão alta de forma errada

Revista Galileu | 08/10/24 - 23h48
Foto: Reprodução/Freepik

Você mede sua pressão da forma correta? Pesquisadores testaram o efeito de diferentes posições dos braços nas pressões sistólica e diastólica e mostraram que, quando o braço está apoiado sobre o colo, a medição pode indicar uma pressão mais alta do que o número real.

A pressão sistólica corresponde à pressão que o sangue aplica contra as paredes das artérias quando o coração bate, já a diastólica é a pressão entre batimentos. Para determiná-las com mais precisão, médicos recomendam que a leitura seja feita com as pernas descruzadas, os pés apoiados no chão, as costas apoiadas e meio do punho posicionado na altura do coração.

A unidade de medida "milímetros de mercúrio" é usada para indicar a pressão arterial em pacientes. Dizer que alguém tem a pressão 12 por 8, por exemplo, significa que 12 mmHg é a pressão sistólica, ou seja, a máxima. A mínima, por outro lado, também chamada de pressão diastólica, é de 8 mmHg.

Quando os participantes do estudo estavam com o braço no colo, essas pressões se mostraram, em média, 4 milímetros de mercúrio (mmHg) mais altas do que o aferido conforme recomendado. Já a medição com o braço pendurado ao lado do corpo resultou em pressões 7 mmHg mais altas.

Os resultados foram publicados em um artigo da na revista JAMA Internal Medicine.

Mas por que essa diferença existe?

Há várias explicações para essa pressão superestimada. Uma delas é que a distância vertical entre o punho e o coração aumenta com o braço pendurado ou no colo, o que eleva a pressão hidrostática (uma força exercida por causa da gravidade) da principal artéria do braço.

O retorno venoso também diminui nessas posições, o que implica uma compensação na circulação sanguínea que acaba elevando a pressão arterial. Ainda, a falta de apoio do braço pode levar à contração muscular e a um aumento breve dessa pressão.