Em 2019, Marta se tornou a maior artilheira da história das Copas e comemorou mostrando a chuteira, que pedia igualdade de gênero. Para o Mundial de 2023, a seis vezes melhor do mundo usará novamente um calçado personalizado, sem dar destaque para qualquer fabricante de material esportivo.
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Chuteira própria - Marta repetiu o ato dos últimos cinco anos e entrou em campo com uma chuteira sem patrocínio para a Copa do Mundo.
O único símbolo é um de igual com as cores rosa e azul, da Go Equal, sua marca própria. Esse tipo de protesto já tinha acontecido na Copa de 2019 e na Olimpíada de 2020.
Visual na Austrália - Marta posou para fotos oficiais e treinou na Austrália com dois tipos de chuteiras personalizadas, uma predominantemente preta e outra branca.
Os modelos possuem modernas tecnologias, seja nas travas ou no colarinho, continuação elástica da parte de cima da chuteira que envolve parte do tornozelo.
Os motivos - Marta recusou todas as propostas das marcas esportivas por considerar que os valores não eram justos. Com a disparidade de pagamentos em relação a atletas homens e mulheres, a atacante lançou a própria marca.
Desta forma, ela camufla as marcas para evitar promovê-las. Em 2019, por exemplo, usou um modelo da Nike. A maior jogadora da história já afirmou que a luta não se trata apenas de dinheiro, mas sim pela igualdade de gênero.
Marta está sem contrato com fornecedoras de material esportivo desde 2018. Ela tinha vínculo com a Puma, mas decidiu não renovar depois de receber uma proposta abaixo do que já ganhava. "Menos da metade", segundo ela.
Nas Olimpíadas de Tóquio, por exemplo, a camisa 10 tirou as fotos oficiais tampando o símbolo da Nike com o cabelo. Isso voltou a acontecer em algumas fotos deste ano.
A linha Go Equal, lançada em julho pela Centauro, tem todos os royalties revertidos para projetos de empoderamento feminino.
Criação - O artista responsável pelas chuteiras compartilhou nas redes sociais o processo de criação. Ele desenhou três modelos para Marta.
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