A policial militar e "influencer digital" Rafaella Gonçalves, 38, foi morta nesta segunda-feira (5) em Ibotirama, no oeste da Bahia. A principal suspeita é de feminicíio -o marido, também policial, teria matado Rafaella e cometido suicídio em seguida. Os corpos dos dois foram encontrados na casa em que moravam. O casal tinha duas filhas de 3 e 7 anos. Elas não sofreram ferimentos.
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Com mais de 70 mil seguidores, a policial era conhecida por publicar no Instagram detalhes de sua rotina no combate ao crime. Também costumava divulgar postagens em que aparecia posando para fotos carregando armas ou vídeos em que treinava tiros.
Segundo informações da polícia, o crime ocorreu por volta das 12h30. Não foram divulgados detalhes sobre armas utilizadas. O acusado, soldado Edson Salvador Ferreira de Carvalho, trabalhava na Companhia Independente de Policiamento Especializado. Rafaella, também soldado, era da 28ª Companhia Independente de Polícia em Ibotirama.
No início da noite de segunda, dezenas de moradores de Ibotirama fizeram uma homenagem à policial no pátio da 28ª Companhia Independente de Polícia. Levaram flores, cartazes e balões para a despedida. Também fizeram orações e discursos em que falaram sobre Rafaella.
"Quando uma mulher morre, morre um pouco de todas as outras junto a ela. O feminicídio é um crime bárbaro, que quase sempre acontece no nosso lar, com quem unimos nossas vidas", afirmou a major Denice Santiago, candidata à Prefeitura de Salvador pelo PT e idealizadora da Ronda Maria da Penha na Bahia.
A deputada estadual Olívia Santana (PC do B), também candidata à Prefeitura de Salvador, lamentou a morte da policial em nome da Comissão dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa da Bahia.
Levantamento recente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostrou aumento nos índices de feminicídio. Os dolosos, quando há a intenção de matar, saltaram 7,1% em maio -de 127, em 2019, para 136, em 2020.
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